2º Imperador do Brasil
O
SEGUNDO REINADO - D. PEDRO II - 23 de julho de 1840
à 15 de novembro de 1889
2º IMPERADOR DO BRASIL
Nome
Completo: Pedro
de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador
Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel
Gabriel Rafael Gonzaga.
Cognome(s): O Magnânimo
Aclamação: 18 de Julho de 1841, Capela
Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
• Infância e Adolescência
No
dia 2 de dezembro do ano de 1825 no Palácio da
Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro nasceu o segundo
Imperador do Brasil. Sétimo filho e terceiro
varão de D. Pedro I e da Imperatriz D.
Maria Leopoldina, que morreu quando D. Pedro II
tinha apenas um ano de idade. Herdou o direito ao trono
com a morte de seus irmãos mais velhos Miguel
e João Carlos.
Como
seus outros dois irmãos homens tinham morrido
ele era o herdeiro do trono brasileiro. Tinha 5 anos
quando o pai abdicou e ficou no Brasil sob a tutela
de José Bonifácio de Andrade e Silva e,
depois (1833-1840) Manuel Inácio de Andrade Souto
Maior, marquês de Itanhaém.
Durante
sua menoridade o Brasil foi dirigido por uma Regência.
Começou a estudar sob a orientação
da camareira-mor D. Mariana Carlota de Verna Magalhães
Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte. Foi aclamado
segundo imperador do Brasil, aos seis anos de idade
e assumiu o trono aos 15 anos (18/06/1841), um ano depois
de ser declarado maior e começar a reinar.
|
|
Museu
Imperial
|
|
•
Educação de D. Pedro II
A vida do Imperador Dom Pedro II, foi marcada pelos bons exemplos,
a ponto de afirmar-se ter sido ele "o sucessor de Marco Aurélio".
Foi criado por tutores designados pela Assembléia brasileira
- José Bonifácio de Andrada e Silva e pelo Marquês
de Itanhaém -, os quais imprimiram ao jovem príncipe
a melhor educação humanista possível de ser
ministrada na época, o início do Século XIX.
Coube
ao segundo dos tutores, Manoel Inácio de Andrade Souto Maior
Pinto Coelho, fixar em "Instruções" os princípios
a observar na educação do príncipe, o que ele
fez a 2 de dezembro de 1838, redigindo um texto ainda hoje um modelo
a observar para quantos desejam cercar a formação
dos jovens dos cuidados que asseguram a maturidade e seu perfeito
desenvolvimento. Lendo as "Instrucções"
do Marquês de Itanhaém, e modernizando a grafia do
Português da época, conheça as recomendações
que a História prova terem sido observadas à risca,
porque a vida de Dom Pedro II foi a própria comprovação
de que aprendeu as lições.
Com
diversos mestres ilustres de seu tempo, o jovem imperador instruiu-se
em português e literatura, francês, inglês, alemão,
geografia, ciências naturais, música, dança,
pintura, esgrima e equitação. A um de seus preceptores,
o de português e literatura, Cândido José de
Araújo Viana, futuro marquês de Sapucaí, atribui-se
influência não pequena nas atitudes resolutas do jovem
de apenas 15 anos.
Cândido
José de Araújo Viana, cuja personalidade
era de uma pessoa moderada e orientada pela tolerância e pelo
zelo em se empenhar no estímulo e desenvolvimento do progresso
moral do País como nação. “Pode-se dizer
que o marquês de Sapucaí não era do Partido
Conservador; mas simplesmente da escola conservadora, tanto se mostrava
sincero e verdadeiramente tolerante, brando, condescendente, e obsequioso
para com seus adversários políticos. Foi professor
de português e literatura de D. Pedro II . Mais tarde ele
se tornaria o Marques de Sapucaí, titulo conhecidíssimo
em virtude da avenida de mesmo nome na qual se realizam os desfiles
das Escolas de Samba no carnaval do Rio de Janeiro.”
Os
demais professores de D. Pedro II eram:
A
Camareira-mor Dona Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho,
mais tarde Condessa de Belmonte com quem começou a estudar.
O
carmelita Frei Pedro de Santa Mariana e Souza mais tarde Bispo de
Crisópolis, que lhe ensinou a doutrina católica, latim
e matemática. Às vezes Frei Pedro tinha que apagar
a luz para impedir que Pedro ficasse lendo a noite toda.
Seu
professor de francês era o Padre Renato Boiret. De Alemão
era Roque Schuch. De Inglês era Nathaniel Lucas. De Dança
foram Joseph Lacombe e Lourenço Lacombe. Desenho e Pintura
respectivamente Simplício Rodrigues de Sá e Félix
Émile Taunay e de esgrima, nada mais nada menos que o futuro
Duque de Caxias! (nesta época ele ainda era o Coronel Luís
Alves de Lima).
Bem
cedo, escreve Pimentel (1925, p. 23), D. Pedro II mostrou interesse
pelos estudos. Antes de completar seis anos de idade, já
dominava as línguas escritas portuguesa e inglesa, e estava
aprendendo a língua francesa e a gramática.
A
instrução ministrada a D. Pedro II, afirma Azeredo
(1911, p. 91), foi a enciclopédica que era, por tradição,
dada aos príncipes. Esta seguia os moldes da Antigüidade,
onde o fidalgo perfeito, qualquer que fosse sua posição
na sociedade, deveria adquirir noções de tudo: do
conhecimento cientifico à equitação, música,
dança, pintura e jogo. Sua educação literária
foi também ininterrupta. No entanto a ampla cultura adquirida
pelo Monarca se deve unicamente ao seu esforço. É
o próprio Pedro II quem diz: “[...] sou dotado de algum
talento. Mas o que sei devo principalmente à minha aplicação;
a leitura, o estudo [...]. Nasci para consagrar-me às letras
e às ciências [...].” (PEDRO II apud MAURO, 1991,
p. 184).
Pedro
II demonstrava tal avidez pelo conhecimento que, aponta Pimentel
(1925, p. 24-28), empregava até mesmo suas minguadas horas
de lazer na tarefa de se instruir e aformosear o seu Pedro II, anuncia
Besouchet (1993, p. 14), foi dotado de uma grande inteligência
e de uma memória prodigiosa, sendo aclamado por contemporâneos
de “[...] o governante mais culto de seu tempo.” Ainda
na sua meninice, foi seduzido pela ciência e pelas artes e,
após ter instalado um observatório no terraço
do Paço Imperial, descobriu uma estrela, fato este que causou
espanto à sociedade científica. O futuro monarca afirma
Besouchet (1993, p. 14), estava convicto do papel histórico
que viria a desempenhar, por isso entregou-se de corpo e alma ao
aprendizado da arte de governar.
Em 1840, conforme Cardoso (1979, p. 92), Dom Pedro II, então
com quinze anos, foi declarado maior de idade. A partir daí
não foram encontrados outros registros sobre os seus estudos.
Presume-se, porém, que ele lhes deu continuidade com muita
dedicação, pois Cardoso menciona que o Monarca teve
professores de sânscrito, árabe e lições
de tupi guarani.
Voltar
- 1 - 2 - 3
- 4 - 5
- Subir