D.
Pedro II
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Educação de D. Pedro II
A vida do Imperador Dom Pedro II, foi marcada pelos bons exemplos, a ponto de afirmar-se ter sido ele "o sucessor de Marco Aurélio". Foi criado por tutores designados pela Assembléia brasileira - José Bonifácio de Andrada e Silva e pelo Marquês de Itanhaém -, os quais imprimiram ao jovem príncipe a melhor educação humanista possível de ser ministrada na época, o início do Século XIX.
Coube ao segundo dos tutores, Manoel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, fixar em "Instruções" os princípios a observar na educação do príncipe, o que ele fez a 2 de dezembro de 1838, redigindo um texto ainda hoje um modelo a observar para quantos desejam cercar a formação dos jovens dos cuidados que asseguram a maturidade e seu perfeito desenvolvimento. Lendo as "Instrucções" do Marquês de Itanhaém, e modernizando a grafia do Português da época, conheça as recomendações que a História prova terem sido observadas à risca, porque a vida de Dom Pedro II foi a própria comprovação de que aprendeu as lições.
Com diversos mestres ilustres de seu tempo, o jovem imperador instruiu-se em português e literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, esgrima e equitação. A um de seus preceptores, o de português e literatura, Cândido José de Araújo Viana, futuro marquês de Sapucaí, atribui-se influência não pequena nas atitudes resolutas do jovem de apenas 15 anos.
Cândido
José de Araújo Viana, cuja personalidade
era de uma pessoa moderada e orientada pela tolerância e pelo
zelo em se empenhar no estímulo e desenvolvimento do progresso
moral do País como nação. “Pode-se dizer
que o marquês de Sapucaí não era do Partido
Conservador; mas simplesmente da escola conservadora, tanto se mostrava
sincero e verdadeiramente tolerante, brando, condescendente, e obsequioso
para com seus adversários políticos. Foi professor
de português e literatura de D. Pedro II . Mais tarde ele
se tornaria o Marques de Sapucaí, titulo conhecidíssimo
em virtude da avenida de mesmo nome na qual se realizam os desfiles
das Escolas de Samba no carnaval do Rio de Janeiro.”
Os demais professores de D. Pedro II eram:
A Camareira-mor Dona Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde Condessa de Belmonte com quem começou a estudar.
O carmelita Frei Pedro de Santa Mariana e Souza mais tarde Bispo de Crisópolis, que lhe ensinou a doutrina católica, latim e matemática. Às vezes Frei Pedro tinha que apagar a luz para impedir que Pedro ficasse lendo a noite toda.
Seu
professor de francês era o Padre Renato Boiret. De Alemão
era Roque Schuch. De Inglês era Nathaniel Lucas. De Dança
foram Joseph Lacombe e Lourenço Lacombe. Desenho e Pintura
respectivamente Simplício Rodrigues de Sá e Félix
Émile Taunay e de esgrima, nada mais nada menos que o futuro
Duque de Caxias! (nesta época ele ainda era o Coronel Luís
Alves de Lima)