Autor: Irmã Anna Carolina dos Santos (FIC)

Casas FIC no Brasil

Irmã   FIC (enfermeira) em Catanduva10 - Hospitais

Catanduva - SP

Foi a primeira cidade que visitei para conhecer o trabalho das nossas Irmãs enfermeiras.

Primitivamente, chamava-se São Domingos do Cerradinho. Quando simples lugarejo, em 1882, o lado direito do rio São Domingos pertencia ao municípiio de Monte Alto, comarca de Jaboticabal, o lado esquerdo, ao município e comarca de São José do Rio Preto.

Em 1909, passou a chamar-se Vila Adolpho; em 14 de abril de 1918, foi elevada a município, recebendo o nome que leva até hoje: "Catanduva", que significa "terra ruim", por ser muito fraca a terra do perimetro urbano. O nome, porém não condiz com as terras do município, muito férteis.

Catanduva é, hoje uma bela cidade, contando com mais de 100.000 habitantes.

Hospital Padre Albino - Santa Casa de MisericórdiaPadre Albino - Catanduva

Por que "Hospital Padre Albino" e não "Santa Casa" como outras Instituições congênereas? O nome é em homenagem a Monsenhor Albino, seu idealizador e fundador.

Quem foi ele?

Em Catanduva, não há quem não o conheça. A cidade deve, a ele, o Hospital, o Asilo, a Casa da Criança, a Vila São Vicente, o Lar para meninas orfãs, escolas, seminários, igrejas e, muito mais do que tudo isso, o exemplo de toda uma vida em favor dos pobres e desamparados, um verdadeiro samaritano. De origem portuguesa, ordenou-se sacerdote em 1905, veio ao Brasil em 1912, fugindo da revolução portuguesa e do governo que se tornara anticlerical. Recebido com frieza, depressa ganhou a confiança do povo e das autoridades civis e religiosas, não com palavras, mas comtrabalhos, realizações e vida exemplar. Faleceu em 1973, com mais de 90 anos, no próprio Hospital que fundara, assistido por Irmã Anália. Seu enterro foi uma verdadeira apoteose.

O Hospital começou a funcionar em 26 de junho de 1926 e juntamente com ele, o Asilo para idosos. Padre Albino, desejoso de que o Hospital proporcionasse não só o melhor atendimento médico, mas também a melhor assistência humana e espiritual aos pacientes propôs a vinda das religiosas para cá. E já em 02 de dezembro de 1930, elas chegavam.

As primeiras vindas de Araraquara foram: Irmã Stefania Spilak, a primeira superiora, e a Irmã Reginalda Veit, Irmãs Anna e Blanca Zukrigl . Vieram acompanhadas por Dom Lafayette, primeiro bispo de Rio Preto.

Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição  com doentes no Hospital Padre Albino em Catanduva - SP

O povo e os doentes viram a presença das Irmãs com toda a admiração e respeito. Perceberam seu amor e dedicação aos enfermos, seu espírito de sacrifício, pobreza e doação. Dificilmente, um doente sai sem ter se reconciliado com Deus. Já temos assistido a cenas comoventes de conversão. E a alegria de todos é então indescritível.

Ouvi dizer da grande consideração e estima de todos devotam às Irmãs Ildefonsa Hainzl e Tarcísia que prestaram seu serviço no Lar dos Velhos e à Ir. Anália que, hoje, as substitui. É verdade? - Sim; e os asilados não concebem que, um dia, possam ficar sem as religiosas. Eles as veneram como a própria mãe, que aliás, todas o são de coração, sempre solícitas em atendê-los.

Irmãs Enfermeiras - Franciscanas da Imaculada Conceição - FIC

1950 - Foto tirada defronte ao Hospital Padre Albino. Estão da esquerda para a direita e de baixo para cima
1ª fila: Dr. José Maria Coura, Ricardo Lunardelli, Bispo Dom Lafayette Libânio, Padre Albino, José Olímpio Gonçalves e Dr. Renato Bueno Netto;
2ª fila: Doutores José Rocha, Joaquim Fagundes, Antonio Barba, Alberto C. e Silva e Vicente Bucchianeri;
3ª fila: Irmãs Mercês, Ildefonsa Hainzl, Reginalda Veit, Maurícia e Rosa Maria;
4ª fila: Irmãs Laura, Bárbara, Francisca e Clemência

Trabalho e Moradia das Irmãs

A princípio, havia uma ala, no próprio Hospital, reservada à Clausura. A partir de 23 de novembro de 1970, foi adquirida, pela diretoria, uma casa, à rua Belém, 647, para residência das Irmãs que ali permaneceram até 22 de julho de 1981, quando a Província achou por bem adquirir uma residência própria. Para tanto, foi comprada uma casa, à rua Manaus, 767 e para lá se mudaram as religiosas, satisfeitas por poderem estar em local da própria Congregação. A antiga residência passou a ser ocupada pela Coordenadoria da Fundação Pe. Albino.

Além dos Serviços prestados junto aos doentes, as Irmãs prestaram à Santa Casa um grande serviço através de Irmã Maria Celeste Fernandez que, juntamente com O Dr. Michel Curi, em 1971, recebeu autorização para administrar a ampliação e reforma do Hospital. A obra era gigantesca e exigiria de Irmã Celeste uma tenacidade e coragem nunca vistas.

Um obra audaciosa que chegou a contento em 26 de junho de 1976, exatamente no dia em que se comemorava o cinquentenário da Santa Casa e Hospital Padre Albino, solenemente inaugura-se o no Pavilhão: um bloco formado de sub-solo, térreo e mais cinco andares. Monsenhor Albino já não estava mais entre nós, mas lá do céu, certamente sentiu muita alegria, vendo realizado mais um de seus sonhos.

Todas as Irmãs que aqui trabalharam, são muito importantes para nós, porém , sobretudo os mais velhos nos falam de Irmã Stefania Spilak que deu sua vida pelos doenes, não só nesse Hospital, mas, nos de Barretos e Olímpia. Realmente ela foi uma religiosa exemplar.

A Comunidade em 1993 estava assim constituida:

Irmãs Deolinda (Coordenadora)
Tarcisia, Maurina, Cândida, Anália
Isaura e Ana Maria

... Comunidade em 2011

Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição  - Hospital Padre Albino - Catanduva

As Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, que atuam no Hospital Padre Albino, receberam, em 2011 , a visita da Madre Brigitte, Superiora Geral da Congregação, que reside na Áustria, e sua vice Irmã Petra. Na foto acima Madre Brigitte, entre D. Otacílio e sua Vice-Geral, com as Irmãs Franciscanas de Catanduva

 

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