Autor: Irmã Anna Carolina dos Santos (FIC)

Casas FIC no Brasil

Clique na imagem1- Instituto Baroneza de Rezende - Piracicaba - SP

No alto da colina, a direita do rio Piracicaba, ao lado da Igreja Matriz de Vila Rezende, está o edifício em cuja fachada hoje se lê: "Instituto Baroneza de Rezende".

Desde o início, o povo piracicabano devotou, às Irmãs, muito respeito, amor, confiança. Via nelas, almas consagradas e testemunhas do Reino. O número de alunos para a Educação Infantil, Primário e Escola Doméstica crescia a olhos vistos . Por quarenta anos os cursos da Escola Doméstica foram muito apreciados pelas famílias aqui residentes, pois era uma das melhores maneiras de preparar a jovem para o lar. Colocamos a seguir trechos de um discurso proferido pelo Sr. Mello Ayres, em 1953 em que agradece ao Instituto Baroneza de Rezende, diz que o Instituto é..."formosa oficina, cheia da alma franciscana, que prepara a criança sob os postulados do cristianismo e que faz, de nossas jovens, as orientadoras da família." ... "Diplomandas da Escola Doméstica, deixais uma escola de feição religiosa para exercer o papel que vos cabe no santuário da família."..."Não vos esqueçais: à mulher cabe posição de realce na constituição da sociedade porque ela representa a pedra angular do edifício da família. E é dentro desse objetivo, que esse Instituto aparelha a jovem, visando a estabilidade do lar e a dignidade da família. ... "Em todo coração feminino, há um pouco do perfume da "Rosa de Jericó" - Maria de Nazaré. "... com essas palavras, o orador demostra o verdadeiro cerne pedagógico e espiritual do Instituto.

Alunas em atividade na cozinha e com a orientação de Irmã Clara  Sampaio

Hoje esses cursos não mais funcionam porque com o decorrer do tempo, novas técnicas, novas máquinas apareceram; nosso país passou por muitas mudanças e o interesse por eles diminuiu.

Uma nova Escola surge no IBR

Em 1962, quando o Instituto comemorava seus 40 anos de existência, aLogo do IBR situação econômica do povo era cada vez mais precária, tornava-se difícil as famílias manterem seus filhos em escolas particulares, com isso o número de alunos foi diminuindo até o ponto de não mais ser possível a manutenção da escola. Foi quando surgiu o Sesi (Serviço Social da Indústria). Ele surgiu devido a nova Lei (4024/61) aprovada nessa ocasião, obrigava as indústrias a dar estudo gratuito para os filhos de seus empregados. Como o Sesi não possuisse estabelecimentos suficientes, procurou locais que pudessem ser alugados e recebessem esses alunos. Foi feito um contrato entre as Irmãs e a "Codistil e Christiani - Nielse S.A", permitindo o funcionamento do Centro Educacional nº 85 do Sesi, no Instituto, com 10 classes. Apenas o jardim e a pré-escola continuariam sendo pagos, pois o Sesi só oferece ensino a partir do 1º ano. A Irmã que mais se empenhou para que essa junção se tornasse realidade foi Irmã Clara. Irmã Bernadete e depois Irmã Regina Beltrame foram nomeadas pelo Sesi, como diretoras, estando sempre à frente da Escola. Desta forma, os objetivos educacionais propostos pela Congregação puderam ter continuidade.

Conservatório Dramático e Musical de Piracicaba

A Congregação FIC adquiriu o Conservatório em setembro de 1961, graças aos esforços de Ir. Clara. Nessa ocasião, as Irmãs ficaram apenas com a direção geral da escola. O Conservatório Dramático e Musical de Piracicaba, como é chamado, foi fundado em 24 de dezembro de 1956. A Profa. Rosany de Barros, sua fundadora e primeira Diretora, continuou com a direção artística da escola, mesmo após a sua aquisição pelas Irmãs. Todo o seu corpo docente foi também conservado. Só em 1967, com a saída da da Profa. Rosany e, posteriormente, da professora Terezinha Leite Ferraz, é que as Irmãs passam a assumir, também a sua direção artística. Em 01 de julho de 1982, o Conservatório foi reconhecido a nível de 2º grau, com Habilitação Plena em Música.

A finalidade do Conservatório foi desenvolver, nos alunos, a criatividade, espírito artístico, e sobretudo, o gosto pela música, integrando-os à realidade musical brasileira, internacional e sacra. Estando sob a direção das Irmãs, o Conservatório buscou não só incutir nos jovens um espírito artístico, como também desenvolver neles, o espírito cristão de solidariedade e de fraternidade; procurou elevar e aprofundar a sensibilidade dos educadores, educandos e seus responsáveis, suscitando nas pessoas, a descoberta de Deus e a busca de um mundo mais humano. As Irmãs que trabalharam no Conservatório foram: Irmã Cacilda Moraes, Irmã Regina Beltrame, Irmã Cecília Moraes, Irmã Idê Maria da Cunha. Em 1993, época do lançamento desse livro estavam na Comunidade do Instituto Irmã Luzia Ribeiro (Coordenadora); Irmã Cristina; Irmã Edith; Irmã Lourdes Zanin; Irmã Regina; Irmã Eley e Irmã Marelise.

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