Aldous
Huxley
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Por volta de 1930, Aldous Huxley estabeleceu-se na França, onde escreveu sua obra mais conhecida, "Admirável Mundo Novo", com a qual ganharia fama internacional. Através de uma sombria ficção científica, o escritor estabeleceu uma visão pessimista de uma futura sociedade tecnológica.
Em 1937, Huxley mudou-se para a Califórnia, nos Estados Unidos, onde abandonou a ficção e passou a se dedicar a escrever ensaios e roteiros para cinema. Entre os vários roteiros que elaborou, estão "Orgulho e Preconceito", uma adaptação do romance de Jane Austen, de 1940, e "Jane Eyre", de 1944, com Orson Welles no elenco.
Em 1954 Huxley publicou "As Portas da Percepção", em que relata experiência de ampliação da consciência através do uso da mescalina, um potente alucinógeno. Huxley tornou-se um guru para a comunidade hippie e passou a interessar-se por filosofias orientais. Em 1956, um ano depois da morte da primeira esposa, Huxley casou-se com a psicoterapeuta Laura Archera.
Aldous Huxley foi um personagem interessante. Precursor do que hoje se chama de "intelectual público" (o que se aventura em todas as áreas da criação e da política e se torna referência constante da atenção da mídia) e um dos últimos exemplares do que antigamente se chamava "renaissance man" (pessoa de múltiplos interesses e habilidades, da música ao esporte, das ciências à literatura).
Apesar das aplicações de cobalto, o escritor não apresenta melhoras. Está praticamente mudo, não pode mais ditar (como era seu hábito). Escrever a mão lhe é penoso, mas pior seria não poder empregar em literatura seus últimos dias.
Se houve no século XX um escritor que nunca cedeu ao cansaço e ao tédio, que conservou até o fim um apaixonado interesse pela vida e pelo conhecimento, que não cessou de se elevar a patamares cada vez mais altos de compreensão, até chegar, em seus últimos dias, às portas de uma autêntica sabedoria espiritual, esse foi Aldous Huxley.
Morre
em 22 de novembro de 1963. Mas, nesse dia, o mundo, abalado com
o assassínio de John F. Kennedy, não fica sabendo
dessa outra perda. Apesar do renome que alcançara, e de contar
entre seus amigos com grandes nomes das letras e da política,
o escritor não tem um enterro muito concorrido: Laura e Mathew
(filho único do escritor e de Maria) enterram-no como ele
vivera - com simplicidade e discrição. Depois da cerimônia,
comunicam ao mundo que Aldous Leonard Huxley já não
existia.Suas cinzas foram enterradas na Inglaterra, no túmulo
de sua família.
Aldous Huxley - Admirável Mundo Novo: Discurso
de Aldous Huxley em 1962, pouco antes de sua morte, sobre a ditadura
científica do futuro retratada em seu livro "Admirável
Mundo Novo", escrito em 1932.
Vídeo extraído do documentário EndGame.
Para saber mais sobre o autor consulte:
http://www.olavodecarvalho.org/textos/huxley.htm
http://www.duplipensar.net/lit/a_huxley/biografia.html
Fonte: Uol Educação | Internet | YouTube |