Naquele
bairro afastado
Onde em criança vivias
A remoer melodias
De uma ternura sem par,
Passava
todas as tardes
Um realejo risonho . . .
Passava como num sonho
O realejo a cantar . . .
Depois tu partiste
Ficou triste a rua deserta
Na tarde fria e calma
Ouço ainda o realejo a tocar.
Ficou
a saudade comigo a morar
Tu cantas alegre e o realejo
Parece que chora com pena de ti.
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