Colégio Nossa Senhora de Lourdes - Turma de 1969 - SP -
 

Anos 60.

 

Anos 60 no mundo

A juventude predominava na cultura dos anos de 1960. O aumento de bebês (baby boom), após a 2ª guerra mundial tinha criado 70 milhões de adolescentes para essa década, e esta a juventude balançou a forma, os fatos, a moda e a política. Os surfistas da Califórnia, Estados Unidos criaram os skateboards. No auge do rock'n roll os surfistas da época inventaram uma brincadeira para os dias que o mar estava sem ondas. Juntando as rodinhas dos patins, com um shape, estava sendo criado o skate. Apesar da precariedade do equipamento, o esporte fez a cabeça dos jovens, que logo se tornariam os primeiros skatistas. No ano de 1965 foram fabricados os primeiros skates, juntamente com a organização dos primeiros campeonatos e a moda espalhou-se através do país. As bonecas de Barbie, introduzidas por Mattel em 1959, transformaram-se um sucesso enorme nos anos 60, tanto que o fabricante rival Hasbro, Inc. (NYSE: ), em 1964 revolucionou a indústria do brinquedo quando introduziu G.I. JOE, figura de um soldado em ação, e no processo, criou um ícone americano do brinquedo para os meninos. Um outro boneco, Troll era um belo simbolo de guerreiro para os jovens. Em 1962, nos EUA, é fabricado o "slot cars" ou autorama que funciona exatamente como os brinquedos de hoje: uma pista formada por várias peças que precisam ser montadas e carrinhos com motores elétricos, movidos pela eletricidade que recebem dos trilhos metálicos da pista. No Brasil ele chegou em 1963. Brinquedo muito popular.


Skate - Década de 60

1ª Barbie - 1959

1º G.I. JOE - 1964

Thor - 1964

Entre os inventos da moda do século XX, dois se notabilizaram: a criação da meia de nylon e a da minissaia. A inglesa Mary Quant foi a responsável pelo lançamento, em 1960, do diminuto pedaço de pano que mudou o guarda-roupa feminino. Rejeitando a alta costura, Mary direcionava seus designs aos jovens e produzia roupas baratas e divertidas. Ela continua sendo lembrada como a responsável pela introdução da minissaia e pela liberação sexual na Inglaterra. Por volta de 1964/65 a influência da minissaia havia atingido as jovens. Elas usavam a minissaia, cujas bainhas eram de 4 a 5 polegadas (1 polegada = 2,54 cm) acima do joelho em New York e de 7 a 8 em Londres! Durante todo este tempo a mini era usada freqüentemente com um suéter combinando em estilo uniforme. As saias eram curtas, e diminuíram até o tamanho da "hot pants", shortinho que virou mania na época. Não há quem não tenha – ou tenha tido – pelo menos uma minissaia no armário. Mari Quant enquanto estudante achava a moda “terrivelmente feia”. Passou a desenhar sua própria roupa e, anos depois, com o marido, abriu a loja Bazaar, na famosa King’s Road, em Londres. As saias de 30cm de comprimento eram usadas com camisetas justas e botas altas. Em poucos anos, Mary Quant abriu 150 filiais na Inglaterra, 320 nos EUA e milhares de pontos de venda no mundo todo. A butique Bazaar se tornou o símbolo de vanguarda dos anos 60 e 70. Em 1966, a rainha Elizabeth II a condecorou com a Ordem do Império Britânico, prêmio que ela recebeu vestindo mais uma de suas criações. Em 1994, aos 60 anos, Mary Quant lançou uma coleção de acessórios e de cosméticos. “É para que ninguém me esqueça”, disse a estilista, ainda adepta de minissaias.


Mini saia, colares de contas, cabelos longos alisados com ferro de passar roupa, normalmente acompanhados de botas Go-Go. Introduzido pela estilista londrina Mary Quant.

Looks unisex – homens e mulheres vestindo as mesmas roupas. Estampas realçadas e de listras para ambos.

Look espacial inspirado pela exploração espacial e pela aterrissagem na Lua. Também a volta do look gótico com o sobretudo do filme Camelot.

Um dos hits dessa época foi o vestido tubinho com botas de cano longo (brancas na maioria das vezes).As saias foram as mais curtas que a moda já tinha presenciado, os cabelos compridos e soltos. O corpo passou a ser um veículo de comunicação. Houve também o surgimento da arte POP, filmes e peças revolucionárias, como por exemplo o espetáculo homônimo da Broadway "Hair" escrito por de Gerome Ragni e James Rado que fez muito sucesso no final da década de 60 e 70. A louca coleção metálica de Paco Rabane levava à era espacial. Yves Saint Laurent, Paco Rabanne, Courréges, Pierre Cardin e a inglesa Mary Quant (que dividiu com o francês André Courrèges a criação da minissaia) souberam tirar proveito da moda jovem, tornando-se referência mundial. A era espacial continuava a influenciar a moda, e os designers criavam trajes com materiais futurísticos.


Twiggy

Jean Shrimpton

Catherine Deneuve

A modelo Jean Shrimpton era a personificação das chamadas "chelsea girls". Sua aparência era adolescente, sempre de minissaia, com seus cabelos longos com franja e olhos maquiados. Catherine Deneuve também encarnava o estilo das "chelsea girls", assim como sua irmã, a também atriz Françoise Dorléac. Por outro lado, Brigitte Bardot encarnava o estilo sexy, com cabelos compridos soltos rebeldes ou coque no alto da cabeça. Entretanto, os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador. No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa (como os Beatles).


Era Kennedy . Ivy costurou a roupa para os homens, diminuição dos chapéus dos homens. Designer fashions para as mulheres.
Jackie Kennedy - chapéu de pele, casaco com grandes botões .

Influência do modelo Jackie Kennedy

Os sueters de Mohair e as calças do stirrup influenciadas pelas primeiras transmissões televisivas dos jogos olimpicos de esqui no vale de Squaw.

Nunca, na história, uma primeira-dama influenciou os costumes e a moda de toda uma geração como Jacqueline Kennedy (1929-1994). Nos anos Camelot, como os americanos se referem ao tempo em que John Kennedy comandou os EUA, no início da década de 1960, ela inventou a imagem da primeira-dama glamurizada. Desfilou nos corredores do poder com tamanha elegância que conquistou respeito entre os principais líderes do mundo como o francês Charles de Gaulle e o premier Nikita Krushchev, o líder da União Soviética nos tensos anos da Guerra Fria. Mas por trás da elegância de Mrs. Kennedy havia um descendente de russo, nascido em Paris, criado em Milão e radicado em Nova York. Oleg Cassini foi o homem que desenvolveu os elegantes trajes usados por Jackie nos momentos em que ela ocupou a Casa Branca. Teceu, ao lado de Jackie, née Bouvier, de origem francesa, uma dobradinha eterna e, praticamente, criou a profissão de personal stylist. “Ele fazia os vestidos caírem perfeitos em Jackie”, diz a consultora de moda Costanza Pascolato. “Sabia o que ela deveria usar em cada ocasião”.

Os Kennedy's tinham um estilo muito esportivo e contribuíram com a moda "Weekend", usando calças de brim caqui, t-shirts e malhas de tricô. Quebrando na época os tabus da elegância, diferenciando a moda do dia-a-dia dos fins de semana.


A década de 60 abraçou do estilo clássico de Jacqueline Kennedy à moda unisex de Sonny e Cher.

O crescimento econômico favorece os anos 60 e os filhos do baby-boom, já adultos, são os novos heróis anônimos. É a primeira vez que uma moda procede autônoma, própria das camadas jovens. Não seguir uma linha dominante da moda passou a significar liberdade.

Garotas dançam o twist, não mais nos braços de um homem, mas sozinhas, gerando novas atitudes. Sob o impulso das correntes musicais instaura-se um ritual: a viagem a Londres.

Iniciado na rota dos Beatles, o estilo é usado indiferentemente pelos dois sexos. Avessos à tradição britânica, surgem as butiques independentes de Carnaby street, e mais tarde King´s Road e Chelsea. Este estilo culminaria na Biba, uma butique de acordo com o início do período hippie.

Foi na década de 60 que pela primeira vez a moda começou a se concentrar nos adolescentes.Caracterizada pela mudança muita rápida nos modismos que rapidamente eram absorvidos e igualmente rapidamente precisavam ser mudados. Essa tendência revelava a imensa incerteza com relação ao futuro que os últimos acontecimentos sociais causaram e permitiram vir à tona um desejo intenso dos jovens de se rebelar. Pairava no ar uma atmosfera de ruptura.


Hippies/hippies flower power contra instituições, grupos de contra cultura. Experimentaram drogas, sexo e comunidades hippies. Faziam parte do movimento de protesto contra a Guerra do Vietnã.

Movimento de defesa dos direitos civis. Integração forçada, marchas, direitos, greves. Assassinatos de Martin Luther King Jr e Robert Kennedy. Movimento black power, e trajes étnicos.

Jeans Levis tornou-se forma de protesto e praticamente um uniforme da juventude. Cabelos na altura dos ombros eram usados por homens e mulheres.

Mais no final da década algumas tendências futuristas e a linguagem oriental assim como começam a aparecer os jeans recriados, aliás, começa a surgir essa tendência da recriação, que se tornou mais forte na década seguinte com o crochet por exemplo.

O final da década de 60 representa uma época de muita incerteza, surgindo assim dois novos movimentos que afetaram a moda: a revitalização da volta à natureza e o impacto do movimento feminista. O movimento hippie emergiu, encorajando a adoção de trajes étnicos, túnicas longas em materiais naturais, colares exóticos e cabelos longos. É o que veremos na aula a seguir.

Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.
Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.

Anos 60 no Brasil

No Brasil, lutava-se contra a ditadura militar, contra a reforma educacional, o que iria mais tarde resultar no fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5. A Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A palavra de ordem era "quero que vá tudo pro inferno". Roberto Carlos deu inicio ao ritmo alucinante do ie ie ie que preenchia as tardes de domingo dos adolescentes.

Nessa década a Explosão Musical no Brasil, ainda sob o efeito dos " ANOS DOURADOS". Os ternos e os chapéus se foram, e uns após outros surgiram os talentos musicais da MPB. Ao mesmo tempo, os jovens brasileiros deliravam com os Festivais de MPB da TV Record, onde a cada dia apareciam talentos diferentes, que por serem tantos seria impossível enumerá-los, Esta foi também a era " Vinicius de Morais ".

Os avanços na medicina, as viagens espaciais, o Concorde que viaja em velocidade superior à do som, são exemplos de uma era de grande desenvolvimento tecnológico que transmitia uma imagem de modernidade. Essa imagem influenciou não só a moda, mas também o design e a arte que passaria a ter um aspecto mais popular e fugaz.

Fonte: Curso: História da Moda (Escola de Empreendedores) | A década de 60 - músicas |

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