Manuseio de informações
       
     

 

Quanto tempo você costuma gastar diariamente lendo e respondendo e-mails? Você tem o hábito de ler jornal enquanto "engole" o seu café da manhã ou prefere esperar até ficar parado no trânsito? Melhor: você pode substituir o noticiário impresso pelas informações transmitidas por uma emissora de rádio. Ao chegar no escritório, você pode ainda conferir outras informações na Internet...

Todas as inovações tecnológicas pelas quais o mundo tem passado nos últimos anos contribuíram para que tivéssemos acesso, praticamente ilimitado, a qualquer informação, em qualquer momento. As transmissões da guerra do Golfo pela rede norte-americana CNN, em 1991, foram um exemplo de que estávamos vivendo uma nova era: a da informação em tempo real. Com os recentes ataques terroristas aos Estados Unidos, a morte de milhares de pessoas foi acompanhada ao vivo, no mundo inteiro, pela TV e pela Internet. No entanto, nem todos os detalhes fornecidos eram confirmados ou podiam acrescentar algum elemento novo ao evento - algo totalmente explicável pela corrida incessante em torno de um "furo" de reportagem.

A mesma "teoria" deve ser aplicada à realidade enfrentada por boa parte dos profissionais. O volume de informação que chega às nossas mesas todos os dias é enorme, e a tendência é que aumente. Nos Estados Unidos, mais da metade do dia de um trabalhador é usado no manuseio de documentos. Lá, na década de 80, o consumo per capita de papel triplicou, enquanto que o crescimento no número de malas-direta foi 13 vezes maior que o da população do país. Muitas questões em torno do tema podem ser levantadas, contudo as mais importantes referem-se à seleção do que é informação descartável, informação sigilosa e informação que gera conhecimento.

Pilha de tarefas

É impressionante como nossos endereços eletrônicos caem tão facilmente "na rede". Boa parte dos e-mails que recebemos diariamente pode ser apagada, sem que precisemos conferir seu conteúdo. Mesmo assim, não há como escapar: há mensagens importantes, outras nem tanto, que precisam de nossa atenção. O mesmo acontece com qualquer documento que recebemos, seja por correio ou fax.

O maior problema, entretanto, não é o tempo perdido na leitura e resposta desses documentos, mas o que é feito com esse material posteriormente. Uma atitude comum em muitos profissionais é acumular mensagens e documentos com o intuito de analisá-los cuidadosamente assim que surgir uma "brecha" na agenda. Como é necessário um milagre para que isso aconteça, a tendência é que a pilha de papéis assuma uma dimensão cada vez mais assustadora. Pense da seguinte maneira: se o documento em questão não possui um conteúdo suficientemente importante para chamar a sua atenção agora, provavelmente não o fará no futuro.

Há ainda pequenas distrações que podem tomar o tempo de muita gente no ambiente de trabalho. Não caia na tentação de encaminhar piadas ou qualquer outra mensagem do gênero para os colegas, de dentro ou fora da empresa. Além de não contribuir em nada para o desenvolvimento de suas tarefas, esse é o tipo de atitude que pode colocá-lo(a) em maus lençóis.

O e-mail, telefone e a Internet são recursos oferecidos pela empresa aos seus funcionários, o que significa que ela tem poder sobre o conteúdo transitado por esses meios, desde que os profissionais tenham ciência de tal política de segurança. Em outras palavras: as mensagens "pessoais e confidenciais" que você emite e recebe não são tão confidenciais quanto você imagina! Portanto, fique longe das brincadeiras on line.

Segredo de Estado

 
 
     

Como tratar aquelas informações que exigem sigilo e cautela máxima, como um provável downsizing? A questão aqui não é o meio usado para transmitir a informação, mas a forma como você lida com a responsabilidade de não divulgá-la, mesmo que sinta que essa é a coisa mais certa a fazer.

Pode parecer contraditório, mas nunca a confidencialidade foi tão exigida como agora, era do fácil acesso à informação. Inclusive, esse conflito é cada vez mais crescente, principalmente nos setores onde o que se exige do profissional é discrição. Atente a algumas atitudes que podem mostrar a sua maturidade ao lidar com as informações que circulam pela empresa em que trabalha:

· Diferencie o que é simples fofoca de informação importante, que possa gerar conhecimento.

· Mantenha-se distante daquelas pessoas famosas por sua língua ferina.

· Tenha cautela nos seus relacionamentos com os colegas de trabalho. Há sempre alguém em busca de informações para alcançar o poder. Portanto, esteja atento aos profissionais com esse perfil e às informações que lhes apresenta.

· Selecione o que ouvir. Há informações que não acrescentarão nada à sua carreira; em alguns casos podem até prejudicá-lo.

Lembre-se que manter uma postura ética e séria é fundamental para o sucesso profissional, e a maneira como você distingue o que é informação de um simples boato contribui muito para a criação de seu perfil profissional.

Não caia na tentação de chegar antes que a concorrência: você corre o risco de trabalhar com informações não confirmadas e sem fundamento. Desenvolva o talento de ter paciência para transformar uma simples informação em notícia com direito a manchete!

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Bibliografia:
 
     
 
         
         
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