A
inteligência é aquilo que uma pessoa
recebe. Mas é preciso aprender.
Cada um tem de aprimorar seus métodos
de análise e, mais que isso, tem
de, sistematicamente, aplicá-los,
para usar a inteligência e usá-la
bem.
A
inteligência é aquilo que uma pessoa
recebe. Mas é preciso aprender.
Cada um tem de aprimorar seus métodos
de análise e, mais que isso, tem
de, sistematicamente, aplicá-los,
para usar a inteligência e usá-la
bem.
É uma questão de método. Pessoas
muito inteligentes eventualmente
são perfeitas idiotas, pois não
sabem analisar, não dispõem de método.
Igualmente o inteligente poderá
raciocinar mal, devido a seu temperamento:
ou é afobado, ou explosivo, por
exemplo. Com a máxima eficiência.
O
que é analisar
A
palavra análise vem do grego e quer
dizer separar uma coisa em partes,
decompor, para poder observar melhor
cada parte e entender tanto a parte
como o todo. Então, observe o seguinte:
- Defina quais são as partes do
problema, da situação ou do objeto
que você quer entender
- Separe as partes e observe-as
com acuidade, refletindo sobre elas
em particular; encaixe as partes
no quebra-cabeças e tire suas conclusões.
Tire
o coração
Enquanto decidir é uma coisa de
coração, analisar é algo de cérebro.
Portanto,
para analisar um problema ou situação,
tire o coração e deixe-o de lado.
Depois, na hora oportuna, você volta
a colocá-lo.
As emoções atrapalham, por exemplo,
a análise quando:
-
Criam o chamado wishful thinking
(pensamento carregado de desejo),
isto é, o indivíduo deixa de ver
os fatos com isenção e acredita
no que quer acreditar,ilude-se;
levam o sujeito a ver pessoas ou
situações do modo como gostaria
que fossem e não como são de fato;
apegos a idéias preconcebidas e
preconceitos fazem com que deixe
de ver alternativas ou diferentes
ângulos das questões.
Métodos
ajudam
Ao longo do tempo, e utilizando
o bom senso, as pessoas desenvolveram
métodos de análise. É importante
utilizá-los com disciplina.
Além
daqueles métodos particulares de
uma disciplina ou uma situação,
alguns são universais. Exemplo:
Prós x contras. É um pressuposto
verdadeiro que, na maioria das vezes,
os eventos têm aspectos positivos,
desejáveis e aspectos negativos,
indesejáveis. É
preciso conhecê-los e pesá-los,
antes de decidir.
Pegue, então, uma folha de papel
e ponha aspectos positivos de um
lado e aspectos negativos de outro.
Pese tudo e decida.
Custo-benefício.
Já se descobriu, como disse Milton
Friedman, economista americano,
que métodos ajudam
Sem
pressa
A pressa é a inimiga número um de
qualquer boa análise. O apressado
vê só a superfície, deixa de perceber
detalhes, deixa de perceber a mecânica
intrínseca a cada parte do todo.
Para
fazer uma boa análise:
- Medite
- Converse
-
Reflita
- Busque informações
- Leve o problema para casa
- Interrompa temporariamente a análise
- Deixe seu cérebro ditar seu próprio
ritmo.
De repente, eureka! Lá vem a solução,
como que por encanto.
Pergunte-se sempre se a pressa para
analisar uma questão é sua ou de
terceiros, se se justifica ou não,
se vai comprometer ou não, e se
dedicar- se vale a pena.
Não derrape no raciocínio
Uma
boa análise requer um raciocínio
sem vícios e sem mecanismos ou respostas
prontas. As pessoas costumam derrapar
facilmente em algumas falhas de
raciocínio porque:
-
Misturam fatos (o que é) com opiniões
(como a pessoa avalia os fatos,
o que pensa sobre eles) - separe
isso na análise
-
Confundem causa (aquilo que provocou
um fenômeno qualquer) e efeito (os
resultados). Isso é mais perigoso
quando dois ou três fenômenos têm
a mesma causa
-
Negam um fato só porque vem da pessoa
X ou Y. Gostemos ou não de qualquer
pessoa, se ela estiver com a verdade,
somos obrigados a aceitar
- Misturam seqüência de tempo com
relações de causa e efeito, isto
é, raciocinam erroneamente: o fenômeno
ocorreu após A ou B; então A (ou
B) foi a causa.
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