O povo e o Congresso
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Mas a coisa não para por ai, 60% da população condenam pequenas transgressões, como por exemplo, bater o cartão de ponto de um colega de trabalho, comprar produtos piratas ou falar ao celular no trânsito, paradoxalmente, 66% não se incomoda em comprar coisas no comércio informal ou pirata, assim, pode-se muito bem concluir que o cidadão brasileiro está pensando no seu progresso pessoal, que pode acontecer, na sua visão, independente do progresso da nação.
Apenas
esses dois pontos já servem para
dar uma grande mostra no que a nossa sociedade
vem se transformando. Justamente por isso,
podemos encarar as inúmeras indignações
contra os políticos como bravatas,
pois ninguém toma uma ação,
ao contrário do que acontece, e
temos acompanhado, quando o assunto é
o time do coração. Portanto,
todos os cargos eletivos, refletem o pensamento
da sociedade, e suas ações,
nada mais são, do que o reflexo
das ações da coletividade,
em menor escala, porque é praticado
individualmente. É correto também
afirmar que o brasileiro não aprende
com a sua própria história,
e nem com seus intelectuais, em 1933,
Gilberto Freyre já descrevia o
brasileiro como um “equilibrista
das contradições”
em sua obra prima Casa Grande & Senzala.
Mas para que serve tudo isso? Para indicar que são necessárias mudanças profundas na sociedade, mudanças estruturais, e preventivas, que produzam mudanças de comportamento, e não apenas mudanças pontuais, tomadas quando o problema já está em curso, e apenas se quer dar uma satisfação à sociedade “indignada”. Esse caminho de mudanças estruturais é muito mais longo, o que inviabilizaria os projetos políticos individuais; por isso, sempre relegado, sempre engavetado. E assim, o Brasil vai mostrando a sua cara, uma de dia e em público e outra a noite, no particular, o interessante, é que ninguém se atentou que, mais cedo, a conta é paga por todos.
Fonte: duplipensar.net