PREVI » Viver Bem » Tendências » 20060627 Ensino à distância


Ensino à distância: conhecimento em qualquer lugar e a qualquer hora

Dados da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED) e do Instituto Monitor (escola pioneira em ensino não-presencial no Brasil) apontam que em 2005 mais de 1 milhão e 200 mil brasileiros estudaram pelo método de educação à distância (EAD). O número de instituições que ministram esse tipo de curso de forma autorizada pelo sistema nacional de ensino superior também aumentou, subindo 30,7% em relação a 2004. "A demanda vem aumentando mês a mês. O EAD não substitui o método presencial. O que se pretende é socializar a educação", afirma Waldomiro Loyolla, diretor científico da ABED.

Loyolla afirma que os principais benefícios do método são a flexibilidade de horário e lugar. "O formato EAD é uma boa opção para quem não encontra o curso pretendido nas universidades de sua região, para aqueles que em função dos compromissos do trabalho e dos contratempos diários não conseguem tempo para freqüentar as aulas", enfatiza.

Arlete Embacher, professora aposentada de 58 anos, defende o método. "Precisava aumentar meus conhecimentos sobre o uso do computador e fiz cerca de 15 cursos à distância relacionados ao tema. Fiquei muito interessada nesse tipo de ensino, pois posso estudar sem sair de casa", conta a paulista, que já fez cursos de extensão à distância oferecidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais.

Cursos de pedagogia e licenciatura, de acordo com Loyolla, são os mais procurados. "Com a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, de dezembro de 1996, a graduação de professores dos ensinos básico e médio passou a ser exigência e a procura por cursos à distância aumentou. Também há bastante procura pelos cursos de administração e economia", diz.

As ferramentas para desenvolver o método, segundo o diretor, variam de acordo com as instituições. A relação entre professor e aluno pode se dar por meio da internet ou até por telefone. "Hoje, a maioria das instituições oferece material impresso, mas outras utilizam CR-ROM, internet, enfim, há várias alternativas", conta.

Para quem pretende optar pelo método, Loyolla alerta: é preciso ter disciplina de estudo. "Como no curso não há horário fixo, tudo depende do aluno, que deve reservar horários para estudar", explica. Ao escolher a instituição, deve-se verificar se a entidade está autorizada a oferecer o método EAD. "Em nosso site (www.abed.org.br), é possível verificar quais são essas instituições", informa.


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