Ensino à distância:
conhecimento em qualquer lugar e a qualquer hora
Dados da Associação
Brasileira de Educação à Distância (ABED) e do Instituto Monitor
(escola pioneira em ensino não-presencial no Brasil) apontam que em
2005 mais de 1 milhão e 200 mil brasileiros estudaram pelo método de
educação à distância (EAD). O número de instituições que ministram
esse tipo de curso de forma autorizada pelo sistema nacional de
ensino superior também aumentou, subindo 30,7% em relação a 2004. "A
demanda vem aumentando mês a mês. O EAD não substitui o método
presencial. O que se pretende é socializar a educação", afirma
Waldomiro Loyolla, diretor científico da ABED.
Loyolla afirma que os
principais benefícios do método são a flexibilidade de horário e
lugar. "O formato EAD é uma boa opção para quem não encontra o curso
pretendido nas universidades de sua região, para aqueles que em
função dos compromissos do trabalho e dos contratempos diários não
conseguem tempo para freqüentar as aulas", enfatiza.
Arlete Embacher, professora
aposentada de 58 anos, defende o método. "Precisava aumentar meus
conhecimentos sobre o uso do computador e fiz cerca de 15 cursos à
distância relacionados ao tema. Fiquei muito interessada nesse tipo
de ensino, pois posso estudar sem sair de casa", conta a paulista,
que já fez cursos de extensão à distância oferecidos pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), em
Minas Gerais.
Cursos de pedagogia e
licenciatura, de acordo com Loyolla, são os mais procurados. "Com a
Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, de dezembro de 1996,
a graduação de professores dos ensinos básico e médio passou a ser
exigência e a procura por cursos à distância aumentou. Também há
bastante procura pelos cursos de administração e economia", diz.
As ferramentas para
desenvolver o método, segundo o diretor, variam de acordo com as
instituições. A relação entre professor e aluno pode se dar por meio
da internet ou até por telefone. "Hoje, a maioria das instituições
oferece material impresso, mas outras utilizam CR-ROM, internet,
enfim, há várias alternativas", conta.
Para quem pretende optar
pelo método, Loyolla alerta: é preciso ter disciplina de estudo.
"Como no curso não há horário fixo, tudo depende do aluno, que deve
reservar horários para estudar", explica. Ao escolher a instituição,
deve-se verificar se a entidade está autorizada a oferecer o método
EAD. "Em nosso site (www.abed.org.br