Doutores
da Alegria
Em
1986, o ator Michael Christensen, diretor dos clowns
do Big Apple Circus de Nova Iorque, foi convidado a
fazer uma apresentação voluntária
para celebrar o Dia do Coração, uma confraternização
entre médicos e antigos pacientes de cardiologia
pediátrica. Michael optou por satirizar as rotinas
médicas e hospitalares, realizando, entre outras
coisas, um transplante de nariz vermelho e uma transfusão
de milk shake.
A
reação do público foi tão
positiva que Michael pediu para visitar as crianças
internadas que não puderam participar do evento,
e apresentou-se como o "novo médico"
do hospital, visitando um dos quatro andares da pediatria.
Mais do que positivo, o resultado foi surpreendente:
crianças que se encontravam deprimidas e apáticas
participavam ativamente dos jogos propostos pelo "médico
de mentirinha"; foram abertos novos canais de comunicação,
possibilitando aos jovens pacientes uma maneira totalmente
nova de encarar a rotina hospitalar; e as imagens traumáticas
foram substituídas por procedimentos alegres
e engraçados.
Após
uma segunda visita do artista, o Hospital conseguiu
uma doação da Fundação Altman
no valor de U$ 10.000,00, que garantia a continuidade
temporária das visitas do "clown doctor".
E o que ninguém esperava aconteceu: o trabalho
nunca mais parou.
Com
a metodologia de ação específica,
o trabalho foi ganhando a simpatia e o respeito dos
pais e profissionais da classe médica e foi se
estendendo às áreas de acesso restrito
ao grande público (U.T.I´s, isolamento
máximo e outras). E assim, com o apoio do Big
Apple Circus, uma das maiores organizações
culturais sem fins lucrativos de Nova Iorque, nasce
a Clown Care Unit, que conta hoje com cinquenta artistas
de primeira linha, especialmente treinados para levar
alegria às crianças internadas em 10 dos
mais importantes Hospitais de Nova Iorque, Washington,
Boston e Seattle.
Contagiados
por essa alegria, 3 artistas do grupo fundaram "programas-irmãos"
no Brasil, França e Alemanha.
Nascem
os Doutores da Alegria
Em
1991, após 9 anos de trabalho como ator em Nova
Iorque, Wellington Nogueira retorna ao Brasil com o
sonho de fundar aqui os Doutores da Alegria.
E
realmente parecia somente um sonho. Seria preciso criar
toda uma infra-estrutura, contratar e treinar atores
e obter apoio financeiro. Sem contar com o fato de que
colocar um palhaço num hospital brasileiro era
algo completamente novo.
Foi
nessa hora que Wellington, transformado em Dr. Zinho,
usou um tratamento infalível contra o desânimo:
doses cavalares de bom-humor, algumas injeções
de ânimo e persistência para esperar os
resultados. Os primeiro exames revelaram uma súbita
melhora: pessoas certas foram sendo colocadas nos lugares
certos, nas horas certas.
Em
maio daquele ano, o Hospital e Maternidade Nossa
Senhora de Lourdes, passando por um intenso processo
de reformulação e modernização
dos conceitos de qualidade no atendimento aos seus pacientes,
comprometeu-se com a causa da humanização
hospitalar, acompanhando uma tendência amplamente
disseminada entre hospitais americanos e europeus, e
percebendo que um paciente feliz tem predisposição
maior para a cura.
Assim,
em setembro de 1991, numa iniciativa pioneira do Hospital
e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em parceria
com Wellington Nogueira, teve início o programa
brasileiro, batizado com o nome de Doutores da Alegria,
oficialmente afiliado à Clown Care Unit do Big
Apple Circus. E o trabalho não parou mais de
crescer.
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