(Poesia do livro: "Revelação
- Poemas de Vida" - pag. 42)
18.8.1987
Arrancaste-me
choro, companheiro.
Viveste ignorando realidade minha,
Nunca supondo que tanto eu te admirava,
Ó "gauche",
De alma sem medida!
Dorme
em paz,
Que te juro, te prometo:
Palavras trabalhadas
Também simples,
A granel,
Multiplicando produções,
Sonhos teus,
Sairão das pastas,
Começando pela setenta e dois,
Adormecidas, no regaço, até então,
Do mundo
Também vasto meu!
(Poesia do livro: "Revelação
- Poemas de Vida" - pag. 60)
1.8.1975
Sentimentos
brancos.
Ancoradouro,
Espere-me!
De
arte e de harmonia
Jamais a vida eu vivia,
A não ser quando
Arrancava o pranto,
Enxergando você!
E
assim continua
O rodopiar frio na rua
De uma vida nua,
em dias até ensolarados.
Uma
vez mais,
Espere-me,
Ancoradouro!
Perder-me por quê?
(Poesia do livro: "Revelação
- Poemas de Vida" - pag.43)
21.2.1986
Tentando
o disfarce do medíocre em mim.
Quem sabe, um dia, triunfarei em versos,
Transformando desejo em verdade, enfim!
Ó
dia, ouve, ó dia!
Sonhado dia, ouve!
Ouve o poeta fingidor doído,
Que, sangrando a alma,
Chora de não ser ouvido!
(Poesia do livro: "Revelação
- Poemas de Vida" - pag. 57)
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