SAND
(George) - (1804 - 1876 )
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Começou
a escrever artigos para o jornal Le Figaro, com a colaboração
de seu amante Jules Sandeau. Usavam, então, o pseudônimo
de Jules Sand inspirado no nome de Sandeau. Em 1831, lançaram
o livro Rose et Blanche. Passou a usar o pseudônimo de George
Sand em 1832, quando escreveu, sozinha, o romance Indiana, que fez
grande sucesso. De 1832 a 1837, escreveu romances de amor, notadamente,
além de Indiana, Valentina (Valentine, 1832) e Lélia
(1833). Esses romances refletem seus próprios desejos e frustrações,
advogam o direito da mulher de ter um amor sincero e dirigir sua
própria vida.
George
Sand envolveu-se amorosamente com vários homens, dentre eles
os escritores Alfred de Musset e Prosper Mérimée e
o compositor Frédéric Chopin. Acredita-se que tenha
tido um relacionamento amoroso também com a atriz Marie Dorval,
sua amiga. Muitas das obras de Sand foram influenciadas por quem
tinha como companheiro na época, embora ela não mudasse
seus princípios e pontos de vista para agradar seus amantes.
Em 1833, iniciou seu romance com Musset, que terminaria dois anos
depois pelo excesso de ciúmes do escritor. Seu relacionamento
mais conhecido e duradouro foi com Chopin, que durou de 1837 a 1847.
No inverno de 1838, os dois viajaram para Maiorca, onde o mau tempo
afetou bastante o estado de saúde do compositor. Chopin faleceria
dois anos após o rompimento do casal.
Além
de seus comentados relacionamentos, Sand também tinha outros
hábitos incomuns para sua época. Às vezes,
vestia-se com roupas masculinas por diversão ou praticidade.
Também tinha o costume de fumar em público num tempo
em que isso era inaceitável para uma mulher. Comentava-se,
ainda, sobre a grande quantidade de obras que produzia como sendo
uma característica pouco feminina.
Sand
fez amizade com várias personalidades contemporâneas
a ela, destacando-se: Flaubert, Balzac, Zola, Sainte-Beuve, Baudelaire,
Franz Liszt, Elizabeth e Robert Browning, Dostoievski e Eugène
Delacroix.
De
1838 a 1845, Sand expressou suas preocupações com
os problemas sociais em romances como Consuelo (1842-1843) e O Companheiro
da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840).
Sonhava com um mundo em que a riqueza fosse abolida e o amor fraterno
unisse as classes sociais. De 1846 a 1853, escreveu romances leves,
idealizando a vida nas províncias francesas. Estes incluem
Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848), A
Pequena Fadette (La Petite Fadette, 1849) e aquele que talvez seja
seu melhor romance, O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846).
Finalmente, de 1854 a 1876, escreveu contos simples, à maneira
das histórias de fadas. Desse período destaca-se Contos
de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873), com histórias
que ela escreveu para seus netos.
Os
personagens de George Sand são superidealizados e seus enredos,
muito artificiais. Suas histórias são repletas de
ingenuidade e otimismo. Como disse a escritora: "O romance
não precisa ser necessariamente a representação
da realidade." Suas memórias constituem suas obras de
maior interesse, especialmente A História de Minha Vida (Histoire
de Ma Vie, 1854-1855) e Ela e Ele (Elle et Lui, 1859), referência
à sua vinculação a Musset.
George
Sand faleceu no dia 8 de junho de 1876, em Nohant, na França.
O filme Les Enfants du Siècle (1999), com Juliette Binoche
e Benoît Magimel, conta a história do relacionamento
amoroso de Sand e Alfred de Musset.
Obra. Rose et Blanche (com Jules Sandeau, 1831); Indiana (1832); Valentina (Valentine, 1832); Lélia (1833); Le Secrétaire Intime (1834); Lettres d'un Voyager (1834-1837); Jacques (1834); Leone Leoni (1835); André (1835); Simon (1836); Mauprat (1837); Les Maîtres Mosaïstes (1838); L'Uscoque (1838); La Dernière Aldini (1839); Spiridon (1839); Les Sept Cordes de la Lyre (1840); O Companheiro da Viagem pela França (Le Compagnon du Tour de France, 1840); Horace (1842); Consuelo (1842-1843); La Comtesse de Rudolstadt (1844); Jeanne (1844); Lettres à Marcie (1844); Le Meunier D'Angibault (1845); Teverino (1845); Le Péché de Monsieur Antoine (1846); O Charco do Diabo (La Mare au Diable, 1846); Isidora (1846); Lucrezia Floriani (1846); Le Piccinino (1847); Francisco, o Bastardo (François le Champi, 1847-1848); A Pequena Fadette (La Petite Fadette, 1849); Le Château des Désertes (1851); Les Maîtres Sonneurs (1853); A História de Minha Vida (Histoire de Ma Vie, 1854-1855); Adriani (1854); Un Hiver à Majorque (1855); Le Diable aux Champs (1856); Évenor et Leucippe (1856); La Daniella (1857); Les Dames Vertes (1857); Les Beaux Messieurs de Boisdoré (1858); L'Homme de Neige (1858); Ela e Ele (Elle et Lui, 1859); Narcisse (1859); Flavie (1859); Le Marquis de Villemer (1860); Jean de la Roche (1860); Constance Verrier (1860); La Ville Noire (1860); Valvèdre (1861); La Famille de Germandre (1861); Tamaris (1862); Antonia (1862); Mademoiselle la Quintinie (1863); Laura, Voyage Dans le Cristal (1864); La Confession d'une Jeune Fille (1865); Monsieur Sylvestre (1865); Le Dernier Amour (1867); Cadio (1868); Mille de Merquem (1868); Pierre Qui Roule (1870); Malgrétout (1870); Césarine Dietrich (1871); Francia (1872); Nanon (1872); Contos de uma Avó (Contes d'une Grand-Mère, 1873); Ma Soeur Jeanne (1874); La Tour de Percemont (1876); Oeuvres Complètes (1882-1883); Journal Intime (1926); Oeuvres Autobiographiques (1970).
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