Bomba Atômica |
|
|
|
Hiroshima, 6 de agosto de 1945 - 8h45min
A Guerra estava no fim, e Hiroshima permanecia intacta. O governo incentivava todos a manter as atividade cotidianas. Nesse momento, os japoneses ouviram o alarme indicando a aproximação de um avião inimigo. Era um B-29, batizado de "Enola Gay", pilotado por Paul Warfield Tibbets Jr. Do avião, foi lançada a primeira bomba atômica sobre um alvo humano, batizada "Little Boy".
|
Instantaneamente, os prédios desapareceram junto com a vegetação, transformando Hiroshima num campo deserto. Num raio de 2 quilômetros, do hipocentro da explosão, tudo ficou destruído. Uma onda de calor intenso, emitia raios térmicos, como a radiação ultravioleta.
O B-29 Enola Gay, aterrissa em sua base,
após ter lançado a bomba atômica sobre Hiroshima
Os sobreviventes vagavam sem saber o que havia atingido a cidade. Quem estava a um quilômetro do hipocentro da explosão, morreu na hora. Alguns tiveram seus corpos desintegrados. O que aumentou o desespero dos que nunca vieram a confirmar a morte de seus familiares.
Quem sobreviveu, foi obrigado a conviver com males terríveis. O
calor intenso levou a roupa e a pele de quase
todas as vítimas.
Vários incêndios foram causados pelos intensos
raios de calor emitidos pela explosão. Vidros
e metais derreteram como lavas.
Uma chuva preta, oleosa e pesada, caiu ao longo do dia. Essa chuva continha grande quantidade de poeira radioativa, contaminando áreas mais distantes do hipocentro. Peixes morreram em lagoas e rios, e pessoas que beberam da água contaminada tiveram sérios problemas durante vários meses.
Um dia após a explosão, os escombros em Hiroshima
eram cobertos por uma tênue cortina de fumaça
O cenário da morte era assustador. As queimaduras eram tratadas com mercúrio cromo pela falta de medicamento adequado.
Não havia comida e a água era suspeita. A desinformação era tanta que muitos japoneses saíram de suas províncias para tentar encontrar seus familiares em Hiroshima. Corriam o maior risco pós-bomba: a exposição à radiação.
Não se sabe exatamente porque Hiroshima foi escolhida como alvo inaugural da bomba atômica. Uma explicação considerada plausível, é pelo fato de a cidade estar centrada em um vale. As montanhas fariam uma barreira natural, o que ampliaria o poder de impacto da bomba. Conseqüentemente, conheceriam a capacidade de destruíção nuclear com mais precisão. Outra explicação é baseada no fato de Hiroshima ainda não ter sido atingida por nenhum ataque. Isso, aliado à proteção das montanhas, daria a medida exata da destruição da bomba nunca antes testada.
De concreto, sobraram os horrores de uma arma nuclear, com potência eqüivalente a 20 mil toneladas de dinamite. Ainda hoje, passados 58 anos da explosão da primeira bomba atômica, o número de vítimas continua sendo contabilizado, já ultrapassando 250 mil mortos.
Saiba Mais
Sugestão de Leitura
Quais os impactos do lançamento de uma bomba atômica sobre uma cidade? Que transformações provocam na vida dos sobreviventes? Diante dessas indagações, o jornalista John Hersey aceitou o convite de Harold Ross, fundador da revista The New Yorker, e o auxílio do editor William Shawn, para fazer um relato sobre o que ocorreu em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945.
Por trás da frieza dos números, Hersey humanizou a narrativa ao reconstruir a história de seis sobreviventes com técnicas jornalísticas e literárias através de um texto simples que deixa fluir as impressões de quem viveu de perto os bastidores daquela tragédia.
Sugestão de Filme
Hiroshima - Os Dez Segundos Fatais, produzido pela NHK International e dirigido por Hiroshi Sawada e Eiji Muratam, concentra-se nos 10 primeiros segundos após a detonação da bomba e aborda, entre outros aspectos, o momento da explosão, o ponto de impacto e a radiação.
O documentário foi realizado a partir das pesquisas executadas por cientistas japoneses e norte-americanos cujos estudos abrangeram diversas áreas da física, química e biologia, relacionadas ao literal megaevento. Além desses aspectos, a película contém depoimentos de testemunhas e historiadores, fotos e simulações da devastação.
Assista e ouça o poema musicado "A rosa de Hiroxima", de Vinícius de Moraes cantado por Ney Matogrosso. Clique no play abaixo
|
|
=======================================
|
Fonte: Unificado | CeCom.com | iG Ler | Terra | Vídeo:YouTube