Contar
histórias
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COMO CONTAR HISTÓRIAS?
Uma história
deve ser contada emocionalmente e não simplesmente apresentada
em seu enredo. Uma boa
história é uma obra aberta, que permite muitas leituras,
muitos caminhos, muitas saídas.
Contar uma história é fazer a criança sentir-se
identificada com os personagens. É trazer todo o enredo
à presença do ouvinte e fazer com que ele se incorpore
à trama da história, como parte dela.
As crianças agem, pensam, sentem, sofrem, alegram-se como
se fossem elas próprias os personagens. A história
assim vividas pode provocar-lhes sentimentos novos e aperfeiçoar
outros. Por isso as histórias não devem ser deprimentes.
O final deve ser feliz, para transmitir aos ouvintes uma emoção
sadia. O principal na arte de contar histórias é
saber despertar a emoção.Quando as crianças
nos pedem que lhes contemos histórias é porque sentem
necessidade de sair de si mesma, de experimentarem uma nova sensação.
Para se contar bem uma história é preciso possuir
habilidade, treino e conhecimento técnico do trabalho,
pois os valores artísticos, lingüístico e educativos
dependem da arte do narrador. Os segredos de um contador de histórias
são:
a) Curta a história – o bom contador
acredita na sua história, se envolve e vibra com ela. Se
o professor não estiver interessado, dificilmente conseguirá
interessar as crianças.
b) Evite adaptações – deve-se
ler o que está escrito no livro. Não privar os alunos
do contato com o texto literário. Os velhos contos de fadas
são histórias cheias de fantasias e de poesia. Lidam
com sentimentos fundamentais do ser humano: o medo, a angústia,
o ódio, o amor. Permitem à criança exercitar
através da imaginação, soluções
para problemas concretos da vida, que interessam ao adulto.
c) Não explique demais – a adaptação
de histórias é uma descaracterização
da história na vida da criança. Muitas vezes, a
história exerce a função de desenvolver ou
até prolongar o mistério. Ao fazer a tradução
ou adaptação, o professor deixa tudo muito bem esclarecido,
não restando qualquer mistério. Ao ser encerrada,
a história realmente se encerra, deixando de existir para
a criança.
d) Uma história é um ponto de encontro
– ao entrar numa roda de história, a criança
participa de uma experiência comum que facilita o conhecimento
e as ligações com as crianças.
e) Uma história também é um ponto
de partida – a partir de uma história é
possível desenvolver outras atividades: desenho, massa,
cerâmica, teatro ou o que a imaginação sugerir.
f)
Moral da história – nenhuma, ou
melhor, várias. Essa história sobre os segredos
das histórias e os contadores de histórias é
só o começo, o resto quem conta somos nós,
com a experiência, imaginação e bom senso.
g) Comentar a história – fazer perguntas
diretas para a criança, verificando se ela figurou bem
cada um dos caracteres, se os moldou de acordo consigo mesma,
se o caráter que nos apresenta é o que pretendíamos
transmitir.
h) Dar modalidades e possibilidades da voz –
sussurrar quando a personagem fala baixinho ou está pensando
em algo importante, falar tão baixo de modo quase inaudível,
nos momentos de dúvidas,e usar humoradamente as onomatopéias,
os ruídos, os espantos, levantar a voz quando uma algazarra
está acontecendo. Ë fundamental dar longas pausas
quando se introduz o “Então...”, para que haja
tempo de cada um imaginar as muitas coisas que estão para
acontecer em seguida.
As histórias são expressões de uma mesma
personalidade em evolução, do princípio do
prazer da realidade. Podem mostrar à criança que
a transformação, a mudança e o desenvolvimento
são possíveis. Que o prazer não é
proibido.
Contar histórias é uma arte. Deve dar prazer a quem
conta e ao ouvinte. As histórias têm finalidade em
si. Contadas ou lidas constituem sempre uma fonte de alegria e
encantamento. Por isso as atividades de enriquecimento devem ser
leves e espontâneas.
A dramatização é uma das melhores atividades
de enriquecimento, pois além de ser uma das preferidas
pelas crianças, oferece valores imprescindíveis
ao desenvolvimento de um bom programa de literatura.
O objetivo da hora das histórias é a familiarização
com a literatura. Desde muito cedo, a criança gosta de
ouvir a história da sua vida, a mais importante para ela.
À medida que cresce, começa a solicitar determinadas
passagens que deseja ouvir.
Histórias sobre fatos reais são importantes, porque
ajudam a criança a entender sua origem e que tipo de relações
existe entre ela, as pessoas e os lugares.
Da mesma forma, as histórias inventadas são importantes.
Desde cedo a criança precisa saber de coisas que não
fazem parte de sua experiência cotidiana. É comum
ela ter um amigo imaginário ou atribuir qualidades humanas
e sobrenaturais a um brinquedo ou a um animal.
As histórias lidas somam-se então às inventadas,
passando a fazer parte de um mundo onde a realidade e a
imaginação se completam. Os livros aumentam o prazer
de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a criança
começa a reconhecer e interpretar sua experiência
de vida real.
A hora de curtir um livro juntos é a hora de partilhar:
um livro de histórias curtas, contadas com palavras fáceis
de ler e entender, ilustrado com imagens que falam da história,
das personagens e ações que estão sendo ;lidas
e mostradas, que faça pensar em coisas novas, que informe,
que faça rir de verdade, que seja engraçado, que
faça brincar com as mãos, olhos e ouvidos. O importante
é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo
tudo de uma só vez. É preciso respeitar as pausa,
perguntas e comentários naturais que a história
possa despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve.
CONCLUSÃO
Criança
interessadas em estudar, este é objetivo primordial de
todos os pais. Porém, não sabem eles que é
a parir de um conto de histórias que estão estimulando
seus filhos a apreciar os estudos com olhos de interesse e não
de sofrimento. É no contar uma história que estimulará
seus filhos a fantasiar, e trazer de alguma forma esta história
para sua realidade.
Esta busca da literatura se faz em grandes livros infantis, escritos
por grandes autores que trazem lindas histórias com grandes
morais e final. Mas não se faz uma grande fantasia se não
soubermos passar isto a criança.
Este foi o grande objetivos do trabalho, tentar de alguma forma
ensinar educadores a contar histórias, que ao meu ver não
é nada fácil. Sabendo o que ler, como ler, e entender
sua importância é a grande base da literatura.
Estimulando as crianças a imaginar, criar, envolver-se
já é um grande passo para sua carreira.
A literatura na infância é o meio mais eficiente
de enriquecimento e desenvolvimento da personalidade: é
um passaporte para vida e para a sociedade. É na infância
que se adquire o gosto de ler, por isso que é de suma importância
o conto, pois o fantasiar antecede a leitura.
INDICAÇÕES
DE LEITURA PARA CONTADORES DE HISTÓRIAS
A
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO SÉCULO XXI:
UM ENCONTRO MEDIADO PELO SUPORTE DIGITAL
Fonte: http://www.botucatu.sp.gov.br/