Origem
da Família
A Família
Imperial Brasileira
tem origem
no casamento
de D. Pedro
I com a Arquiduquesa
Leopoldina,
em 1817. Como
todos os outros
da época,
o matrimônio
fora arranjado
para atender
a interesses
político-diplomáticos
- oriundos
do Congresso
de Viena -
e para dar
continuidade
à tradição
de união
consangüínea
entre nobres.
As negociações
foram feitas
por Rodrigo
Navarro de
Andrada e
o casamento
de D. Pedro
I foi formalizado
pelo então
Marquês
de Marialva,
Pedro Joaquim
Vitor de Menezes
Coutinho,
tendo se dado
por procuração
no dia 13
de maio de
1817. Mas
somente no
dia 06 de
novembro daquele
ano que Leopoldina
viria a conhecer
o noivo, seu
desembarque
no Brasil
foi registrado
por Debret
em linda tela.
Desposaram
as núpcias
no mesmo dia.
Arquiduquesa
Leopoldina
Leopoldina
era filha
do Imperador
Francisco
I, da Áustria,
e sua irmã
Maria Luisa
era a segunda
esposa de
Napoleão
Bonaparte,
o responsável
pela vinda
da Família
Real Portuguesa
para o Brasil,
acompanhada
de cerca de
15 mil nobres.
A Casa dos
Habsburgo,
ao qual ela
pertencia
antes de se
casar, tem
origem muito
antiga e foi
fundada na
Suíça
por Werner
II. Contaria
quase mil
anos atualmente,
mas foi extinta
durante a
reconfiguração
do mapa da
Europa após
a Primeira
Guerra Mundial.
Durante muito
tempo os Habsburgo
comandaram
o Império
Sacro Romano
e a frente
dele fizeram
inúmeras
conquistas,
destacando
Leopoldo II,
que acabou
com a Inquisição,
as torturas
e eliminou
a pena de
morte. Francisco
II, pai de
Leopoldina,
conseguiu
tirar a Áustria
das dificuldades
econômicas
causadas pela
guerra contra
a França
e elevou seu
império
à primeira
potência
européia
após
o Congresso
de Viena,
pondo um fim
na era napoleônica.
O último
Imperador
da Áustria
foi Carlos
I, seu governo
durou apenas
dois anos
pois a derrota
do imponente
exército
Austro-Húngaro
na I Guerra
o fez perder
a nobreza
e os Habsburgo
passaram a
ser simples
cidadãos.
D.
Pedro I
Filho de D.
João
VI e Carlota
Joaquina,
Pedro I pertence
a uma família
bem mais antiga.
A linhagem
dos nobres
portugueses
começa
na Casa de
Avís,
no século
VIII e prossegue
com a Casa
de Bragança
após
um domínio
espanhol de
60 anos sobre
os Avís.
O primeiro
rei da dinastia
dos Bragança
é João
IV, responsável
pelo fim da
dominação
imposta pelos
Filipes de
Espanha e
por isso ficou
conhecido
como O Restaurador.
Depois vieram
Afonso IV,
Pedro II,
João
V, Dom José,
Maria I e,
por fim, após
declarada
sua loucura,
o governo
português
passa às
mãos
de João
VI. Nesta
época
a Família
Real Portuguesa
já
estava no
Brasil, fugindo
das perseguições
de Napoleão,
e a América
assiste a
primeira coroação
de um rei.
Europeu, é
verdade. Obrigado
pelas Cortes
Portuguesas
a voltar para
Lisboa em
idos de 1821,
D. João
deixa o Brasil
sob o comando
de seu filho
Pedro. Assim,
proclamada
a Independência
em 1822, dá-se
início
com o Imperador
Pedro I e
com a Imperatriz
Leopoldina
a família
imperial brasileira.
Deste
casamento
nasceram nove
filhos, sendo
dois natimortos.
A primogênita
Maria da Glória
foi declarada
sucessora
do trono português
com a morte
do avô
e a renúncia
de seu pai.
Passou a ser
efetivamente
a Rainha de
Portugal,
Maria II,
com a morte
do pai, Pedro
IV (e Pedro
I no Brasil).
Pedro II -
título
adquirido
após
a abdicação
do trono brasileiro
em 1831 -
era o filho
mais novo
de Leopoldina,
falecida em
1826. Porém,
D. Pedro I
teve diversos
filhos naturais,
com muitas
mulheres,
como a bailarina
francesa Noemi
Thierry e
com Domitília,
a marquesa
de Santos,
com quem teve
cinco filhos.
Após
seu segundo
casamento,
com Amélia
de Leuchtenberg,
teve ainda
mais uma filha
legítima,
Maria Amélia.
Pedro II,
Teresa Cristina
e as filhas
Isabel e Leopoldina
- A Família
Imperial Brasileira.
Obra do acervo
do Museu Imperial
de Petróplis,
RJ
No
Brasil, os
descendentes
de Pedro II,
devido ao
fato de ter
permanecido
aqui por quase
toda a vida,
são
os mais conhecidos
e até
hoje tratados
por príncipes
e princesas,
títulos
que perderam
o valor com
a Proclamação
da República.
O segundo
Imperador
assumiu o
trono aos
quinze anos
e aos dezoito
casou-se com
Tereza Maria
Cristina de
Bourbon, princesa
real das Duas
Sicílias.
O contrato
de casamento
foi assinado
em 20 de maio
de 1842, mas
Teresa só
chega ao Brasil
mais de um
ano depois,
em setembro
de 1843. Pedro
havia visto
a noiva apenas
em um retrato
de meio corpo
e não
se entusiasmou
ao conhecê-la
pessoalmente.
Educado por
tutores, desde
muito criança
longe do afeto
dos pais,
tornara-se
um homem dedicado
apenas naquilo
para o qual
havia sido
preparado,
ser um governante.
Do casamento
nasceram Afonso,
Isabel, Leopoldina
e Pedro Afonso.
Isabel
Cristina foi
a que mais
fez história
no Brasil.
Casada com
o Conde D'Eu
(Luis Felipe
Maria Fernando
Gastão
de Orleans),
neto de Luis
Filipe, rei
de França,
assumiu o
trono brasileiro
por três
vezes em ausência
do pai, oportunidades
em que assinou
a Lei do Ventre
Livre e a
Lei Áurea.
Com a Proclamação
da República
em 1888, a
família
foi mandada
ao exílio,
em Portugal
e teve os
bens confiscados
no Brasil,
dentre eles,
o Palácio
Guanabara.
Um ano depois
falecia a
Imperatriz
Teresa Cristina,
e em 1891,
Pedro II.
Em 1921, o
Conde D'Eu
retorna ao
Brasil para
trazer os
restos mortais
do casal de
ex-imperadores
para serem
depositados
numa capela
construída
especialmente
para isso
em Petrópolis.
Poucos meses
depois a Princesa
Isabel, acometida
de grave enfermidade,
viria a falecer.
Ela tivera
três
filhos, Pedro
de Alcântara,
Luis Filipe
e Antônio
Gastão.
O Conde D'Eu
morreu no
ano seguinte,
1922, em viagem
ao Brasil
para as comemorações
do centenário
na Independência.
Somente
após
32 anos de
exílio
imposto pelos
militares
que tomaram
o poder na
República
é que
os descendentes
de Pedro II,
os Orleans
e Bragança,
puderam voltar
ao Brasil.
A casa de
verão
da família,
hoje Museu
Imperial de
Petrópolis,
foi comprada
pelo governo
Getúlio
Vargas. A
fazenda Córrego
Seco era o
maior bem
de Pedro II,
local onde
hoje se situa
a cidade de
Petrópolis,
ainda rende
aos bisnetos
e tataranetos
a enfiteuse,
um imposto
pago sobre
a utilização
das terras.
Dos membros
da família
imperial,
o mais famoso
e atuante
politicamente
é o
Príncipe
João
de Orleans
e Bragança,
bisneto da
Princesa Isabel,
que defendeu
a possibilidade
da volta à
monarquia
no plebiscito
de 1993.
Fonte:
A
Relíquia