D.
Pedro II
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D. Pedro II.
Depois de perder o segundo filho, o casal viu que não mais poderia ter outros. O imperador resignou-se e fez da filha primogênita, a Princesa Imperial, herdeira oficial. Reinava porém sobre uma corte de poucas festas, trabalhadora, séria. Aboliu gradualmente muitas das cerimônias que antes mostravam pompa, abriu a família imperial ao contato mais próximo com seus súditos. O beija-mão, porém, perdurou por muito tempo, apesar de já abolido em outros países. Era tido, sobretudo no exterior, como governante liberal.
Em 1845, no final da guerra dos Farrapos, os liberais dominaram a situação, mas os conservadores logo reconquistaram a liderança e, em conseqüência de sua atuação, deflagrou-se a insurreição praieira de 1848, em Pernambuco. Com 23 anos e já pai de Afonso, Isabel (que seria cognominada "a Redentora"), Leopoldina e Pedro (que morreu também criança, em 1850), D. Pedro II não era mais um mero observador dos acontecimentos: começara um amplo trabalho de conciliação política apartidária, nas nomeações dos integrantes do Conselho de Estado e dos presidentes de província. Encarnou esse espírito conciliador Honório Hermeto Carneiro Leão, mais tarde marquês de Paraná, que dobrou a resistência do Partido Conservador. Tal comportamento político propiciou, na década de 1860, a criação da Liga Progressista, que cindiu a ala conservadora e permitiu a Zacarias de Góis e Vasconcelos, à frente do Conselho de Ministros, realizar importantes reformas no final do período.
Pedro II foi um marido leal, embora tenha sido infiel em várias ocasiões, especialmente por conta de seu longo romance com Luísa Margarida de Portugal e Barros, Condessa de Barral e Pedra Branca.
militar de 15 de novembro de 1889. Durante toda a viagem marítima
que conduziu a Família Imperial Brasileira rumo ao exílio,
D. Teresa esteve em estado de choque, entorpecida pelo tratamento
rude que os republicanos dedicaram à dinastia deposta. Ao
embaixador da Áustria presente no embarque, perguntou: "Que
fizemos para sermos tratados como criminosos?" No desembarque
em Portugal retirou-se para um hotel simples, na cidade do Porto,
onde sentiu-se mal. Um médico chamado às pressas nada
pôde fazer. Suas últimas palavras teriam sido: "Brasil,
terra abençoada que nunca mais verei". Foi sepultada
no Panteão de São Vicente de Fora, de onde seus restos
foram trasladados para o Mausoléu Imperial da Catedral de
Petrópolis.
O Mausoléu Imperial é uma pequena capela situada à direita do adro da Catedral de São Pedro de Alcântara, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Abriga os restos mortais do imperador Pedro II do Brasil, de sua esposa, D. Teresa Cristina Maria de Bourbon, de sua filha Princesa Isabel e do Conde D'Eu, além das tumbas do príncipe Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança e de sua esposa D. Elisabeth Maria Adelaide Dobrzensky de Dobrzenicz.
Em sua homenagem foram batizados os municípios brasileiros de Teresina (Piauí), Teresópolis (Rio de Janeiro), Cristina (Minas Gerais) e Santo Amaro da Imperatriz (Santa Catarina)..
Ao doar sua coleção iconográfica para a Biblioteca Nacional do Brasil, D. Pedro II fez uma única exigência: que a coleção ganhasse o nome de sua esposa (Coleção Teresa Cristina Maria). A coleção é hoje tombada pela Unesco como patrimônio mundial.