Presidente
Fernando Henrique Cardoso
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Afastado do ministério para disputar as eleições presidenciais de 1994, venceu o pleito no primeiro turno, com 54,3% dos votos. Seu governo foi marcado pela quebra dos monopólios estatais nas áreas de comunicação e petróleo, bem como pela eliminação de restrições ao capital estrangeiro. Essa ampla política de privatização de empresas estatais renovou o país nas áreas de telefonia e de extração e comercialização de minérios.
Graças ao modelo de crescimento econômico e à estabilização da inflação, realidades raramente experimentadas no país, Fernando Henrique Cardoso se reelegeu presidente da República em 1998, também no primeiro turno, com 53,06% dos votos.
Apesar das várias crises externas que impactaram a economia
brasileira durante os quatro anos de seu segundo governo, graças
à continuidade do Plano Real a inflação se
manteve baixa, na casa de um dígito percentual anual, e assim
continuou pelos anos seguintes.
Seus dois governos foram marcados pela implementação
de várias políticas sociais de transferência
de renda para as populações mais pobres, como
os programas bolsa-escola, vale-gás e bolsa-alimentação.
Avanços importantes também foram conseguidos nas áreas
da educação, da saúde (com a distribuição
gratuita de medicamentos contra a AIDS e a criação
dos remédios genéricos, vendidos a preços baixíssimos)
e na questão agrária (com a implementação
de um sólido programa de reforma agrária).
A manutenção do Plano Real, das metas de ajustes fiscais
e do controle dos gastos governamentais, contudo, não conseguiu
dar conta de suprir lacunas deixadas pelas administrações
anteriores. No setor elétrico, por exemplo, os baixos investimentos
e a ocorrência de longa estiagem levaram ao colapso das centrais
hidrelétricas, ameaçando o país com o chamado
"apagão". O racionamento de energia elétrica
foi imposto e a economia brasileira sofreu um período de
leve estagnação.
Com a vitória das oposições no pleito seguinte,
Fernando Henrique Cardoso organizou a transição de
modo a facilitar o acesso antecipado da nova administração
às informações que fossem relevantes ao exercício
do governo, fato até então inédito na história
do país.
Vida acadêmica
Além da Universidade de São Paulo, da qual é
professor emérito, Fernando Henrique ensinou nas Universidades
de Santiago (Chile), de Stanford e Berkeley (EUA), de Cambridge
(Inglaterra) e na École des Hautes Études en Sciences
Sociales, na França, onde também ministrou aulas no
famoso Collège de France.
Autor de inúmeros livros, Fernando Henrique recebeu o título
de Doutor Honoris Causa de mais de 20 universidades e é membro
honorário da American Academy of Arts and Sciences. Em 2005,
foi eleito um dos cem maiores intelectuais públicos do mundo,
em levantamento das revistas Prospect e Foreign Policy.
Para saber mais visite o site do IFHC