Castro
Alves
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1855 - Abre o dr. Antônio José Alves consultório médico à rua do Paço, para onde havia transferido residência.
1856/57 - Castro Alves freqüenta os cursos do Colégio Sebrão.
1858 - Transfere-se para o Ginásio Baiano, do dr. Abílio César Borges, mais tarde barão de Macaúbas. Mudança da família para a chácara da Boa Vista, no arrabalde de Brotas.
1859 - Falece Dª. Clélia de Castro Alves.
1860, setembro, 9 - Recita Castro Alves as suas primeiras poesias no "outeiro" do Ginásio Baiano.
1861, julho, 3 - Ainda no ginásio declama sua primeira poesia dedicada à data baiana, 2 de Julho.
1862, janeiro, 24 - Casamento do dr. Antônio José Alves com a viúva Maria Ramos Guimarães. Janeiro, 25 - Os irmãos Antônio e José Antônio viajam no mesmo navio para o Recife. Junho, 23 - Publicação da poesia "Destruição de Jerusalém", no Jornal do Recife.
1863, março - Castro Alves submete-se à prova para matrícula na Faculdade de Direito do Recife, sem êxito. Estréia da Cia. Dramática Coimbra, com Furtado Coelho e Eugênia Câmara, no Teatro Santa Isabel. Maio, 17 - A Primavera publica os primeiros versos abolicionistas de Castro Alves, "A Canção do Africano". Junho - Com a poesia "Meu Segredo" (à senhora D...), trai discretamente o início de sua paixão por Eugênia Câmara. Sofre uma hemoptise, segundo testemunho de Luiz Cornélio dos Santos. Outubro - Com manifestações de desequilíbrio mental, José Antônio é mandado, pelo pai, para o Rio de Janeiro.
1864, fevereiro - José Antônio suicida-se em Curralinho. Castro Alves matricula-se no 1º ano jurídico. Junho - Redige, com outros colegas, o jornalzinho O Futuro. Outubro, 7 - Escreve a poesia "O Tísico", que passa depois a chamar-se de "Mocidade e Morte". Outubro, 27 - Viaja precipitadamente para a Bahia, interrompendo o curso.
1865, março, 18 - Retorno ao Recife, em companhia de Fagundes Varela. Agosto, 11 - Em sessao comemorativa da data de abertura dos cursos jurídicos, declama o poema "O Século". Agosto - Passa a morar com Idalina, à rua do Lima, no bairro de Sto. Amaro. Começa a preparar os poemas de Os Escravos. Agosto, 19 - Alista-se com outros colegas, no Batalhao Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai. Dezembro, 16 - Desembarca na Bahia, ainda acompanhado por Fagundes Varela.
1866, janeiro, 23 - Falece o dr. Antônio José Alves. Volta ao Recife, matriculando-se no 2º ano jurídico. Funda uma sociedade abolicionista, com Rui Barbosa, Regueira da Costa, Plínio de Lima e outros colegas da academia. Lança o jornal de idéias A Luz, que dá origem a uma polêmica pela imprensa com Tobias Barreto. Junho - Passa a morar numa cela do convento de S. Francisco. Setembro, 7 - Recita no Teatro Santa Isabel o poema "Pedro Ivo", com grande sucesso. Torna-se amante de Eugênia Câmara, entusiasmando-se pela vida teatral. Dezembro, 18 - O Tribuno divulga, sem assinatura, os seus versos "0 Povo no Poder", contra a dissolução de um comício republicano. É aprovado nos exames escolares.
1867, fevereiro - No povoado do Barro, onde passou a viver com Eugênia Câmara, conclui o drama Gonzaga. Abril - Da sacada de uma janela da rua do Imperador, faz um improviso contra o espancamento do estudante Torres Portugal. Leitura do drama Gonzaga para um círculo de intelectuais, artistas e admiradores, no Santa Isabel. Maio, 29 - Viaja com Eugênia Câmara e uma filha da atriz, para a Bahia, deixando de vez o Recife. Junho - A peça é aprovada pelo Conservatório Dramático da Bahia, com discrepância apenas de um voto. Setembro, 7 - Estréia de Gonzaga e consagração do poeta em cena aberta. Outubro - Castro Alves retira-se para a chácara da Boa Vista com o projeto de concluir Os Escravos e lá escreve Sub Tegmine Fagi e outras poesias. 1868, fevereiro, 8 - Acompanhado ainda de Eugênia Câmara, viaja para o Rio de Janeiro. Fevereiro, 17 - Com carta de apresentação do dr. Fernandes Cunha, é recebido por José de Alencar, a quem lê Gonzaga e algumas poesias. Fevereiro - Machado de Assis ouve, em separado, a peça e algumas poesias, atendendo a recomendação de José de Alencar. Março, 11 - Partida com Eugênia Câmara para S. Paulo. Março, 12 - Chegada a Santos e partida para S. Paulo. Março, 13 Castro Alves requer matrícula no 3.º ano jurídico. Julho, 2 - Declama a "Ode ao Dous de Julho" no Teatro São José, triunfalmente, conforme testemunho de Nabuco. Setembro, 7 - Novo triunfo com o recitativo de "O Navio Negreiro", em sessão magna. Outubro, 25 - Representação de Gonzaga no Teatro São José, com absoluto sucesso. Outubro - Aprovação nos atos escolares. Novembro, 11 - Acidente numa caçada. A espingarda dispara atingindo-lhe o calcanhar esquerdo. 1869, março - Matricula-se no 4.º ano jurídico. Abril, I - Com o enfraquecimento pulmonar, agravam-se os males, causando seu estado apreensão entre 30 de março a 1.º de abril. Maio, 21 - Chega ao Rio, bastante combalido, hospedando-se na casa de seu amigo Luíz Cornélio dos Santos. Junho - Com ameaça de gangrena, o pé esquerdo é amputado. Outubro, 31 - Vai ao Teatro Fênix Dramática rever o desempenho de Eugênia Câmara, um ano após a ruptura de suas ligações com a atriz. Novembro, 25 - Embarca para a Bahia. 1870, fevereiro - A conselho médico, segue para Curralinho, no sertão baiano, e depois para a fazenda Sta Isabel do Orobó, hoje ltaberaba. Setembro - Retorna à capital baiana. Outubro - Lançamento de Espumas Flutuantes. 1871, janeiro - Apaixona-se pela cantora Agnese Trinci Murri, a quem dirige versos. Fevereiro, 10 - última declamação em público ("No meeting do Comité du Pain"), em benefício das crianças francesas vítimas da guerra franco-prussiana. Junho - Agrava-se seu estado de saúde a partir da noite de São João. Julho, 6 - Expira às três e meia da tarde, junto a uma janela banhada de sol, para onde fora levado de acordo com seu último desejo. 1909, julho, 25 - O nome Curralinho é alterado para Castro Alves, inclusive sede municipal, por efeito da lei estadual n.º 360. 1970/71 - A casa das Cabaceiras, onde nasceu Castro Alves, é reconstruída e inaugurada no governo Luís Viana Filho. A obra obedece rigorosamente às linhas arquitetõnicas originais com o aproveitamento do material da antiga fazenda. Serve de museu e escola pública.
Bibliografia:
In: A Vida dos Grandes Brasileiros - 3 "Castro Alves".