Prof. Walter Hermann
 

Aprendizagem Acelerada de Línguas Estrangeiras
por: Arlete Embacher

MiniWeb Educação - Prof. Walther o Sr. criou o método OLeLaS - OPEN LEARNING LANGUAGE SYSTEM, que é um método de aprendizado que privilegia especialmente as necessidades e interesses do aluno, e que foi desenvolvido para equacionar uma série de incoerências evidentes no sistema formal de ensino, cujos índices de efetividade em proporcionar habilidades de comunicação em língua estrangeira são muito baixos (muitos estudam e poucos desenvolvem, de fato, a habilidade). Pergunta: Qual é o maior diferencial desse método de aprendizagem?

Resposta: O que considero como sendo o seu principal diferencial é a possibilidade de um adulto voltar a aprender como criança! As intercorrências do redespertar desse processo são um tanto curiosas.

Na prática, quando uma criança aprende a língua materna, ela atravessa etapas de aprendizagem que se iniciam no útero materno. Um pesquisador europeu constatou que o filho de uma americana, residente na França durante sua gravidez, teve maior facilidade de aprender a língua francesa do que a inglesa! Isso significa que já no útero se iniciou o longo processo de estimulação com os sons do idioma materno... Uma longa etapa passiva no aprendizado de captar e organizar estímulos na forma de sons, ritmos e a musicalidade do idioma que nos permite diferenciar regionalismos da linguagem (quem é do nordeste de quem é do sul ou do interior, etc.).

 

 

Lentamente, num processo de tentativa e erro, inicia a segunda etapa fundamental: produzir! Começa a se expressar... Não conheço nenhuma criança que tenha aprendido a língua materna iniciando-se pelo estudo de gramática ou estrutura do idioma! De fato, quando começam tais estudos, já sabem utilizar o idioma! Parece que muitos métodos convencionais "viraram de ponta-cabeça" o processo natural, não acha?

Entretanto, o adulto, especialmente aquele que se esforçou para se adaptar a tais métodos, perdeu sua conexão com o bom senso e, em geral, abdicou do uso de suas competências inconscientes de aprendizado de idiomas (as mesmas que lhe garantiram sucesso no aprendizado da língua materna). Por isso, nesse método, os participantes iniciam o aprendizado com um programa que chamo de Instrumentalização, que consiste num seminário de técnicas de integração de estilos de processamento cerebral para voltar a aprender o idioma como quando era criança. São exercitadas várias técnicas da Concentração Dinâmica) que promovem uma reorganização e reativação daquelas percepções que embasam a construção de uma memória adequada para o aprendizado de línguas, isto é, existem qualidades de memórias diferentes para conteúdos diferentes, grosseiramente falando.

MiniWeb Educação - Qual a fundamentação teórica que o Sr. utilizou para a sua criação?

Resposta: Não me considero um teórico, mesmo porque creio que as teorias são construídas após a experiência... Portanto, meu compromisso com modelos teóricos é um tanto frágil! No entanto, os fundamentos teóricos dessa abordagem estão segmentados em vários diferentes campos do conhecimento: música, hipnose, Aprendizagem Acelerada, neurofisiologia, neurociências, o modelo das Inteligências Múltiplas, Programação Neurolingüística, Cinesiologia, Andragogia, psicomotricidade, entre outros, além de fundamental a observação e catalogação das pessoas que atingiram sucesso no desafio de falar outras línguas com qualidade. Basta perguntar para bons falantes de idiomas estrangeiros a respeito de como aprenderam para constatarmos que a "receita de bolo", em geral, não é oferecida nos cursos tradicionais, cuja taxa de efetividade em ensino e aprendizado é talvez, segundo minhas pesquisas, inferior a 20%!!!!!!!!

MiniWeb Educação - Por que o curso é tão procurado hoje por professores, profissionais liberais e corporações empresariais?

Resposta: A razão do sucesso dessa abordagem é extremamente simples: RESULTADOS MENSURÁVEIS!!!!!!!!! Especialmente por aquelas pessoas que não se adaptam as metodologias convencionais. Também por professores que buscam melhores "ferramentas" de ensino para lidar com as dificuldades de seus próprios alunos. Esse método oferece, logo de início, a possibilidade do próprio aluno avaliar-se... Sendo assim, é uma abordagem sem provas ou avaliações!!!! Sem estágios que separam os alunos nivelando-os em suas dificuldades, logo, desde o início o principiante tem referências da direção para onde está se encaminhando. Costumo aconselhar meus alunos a solicitarem participar de uma aula na sala do último estágio quando forem buscar uma escola de idiomas... É muito simples, caso todos os participantes estejam falando com desenvoltura, é isso que poderá esperar dessa escola quando atingir o último nível... Caso contrário, é também isso que pode esperar de si mesmo quando lá chegar!

MiniWeb Educação - Prof. Walther em seu livro "Domesticando o Dragão" o Sr. propõe algumas estratégias de Aprendizagem acelerada de Línguas Estrangeiras, e durante o seu curso alguns exercícios como perguntas poderosas e aprendendo a aprender. Pergunta: O que são perguntas poderosas?

Resposta: Aquilo que chamo de perguntas poderosas pode ser compreendido de duas formas distintas: as embutidas e as direcionadoras. Em ambos os casos elas possuem um grande poder de ativação inconsciente, isto é, para acionarmos determinados mecanismos de criação e síntese inconsciente, usamos tais artifícios para informar nossa mente interior aquilo que desejamos.

No pensamento científico, costumo chamar isso de perguntas sem respostas, aquelas que assolam as mentes dos pesquisadores desafiando-os a encontrar respostas e criar experimentos que as determinem. Lembremo-nos que as áreas científicas que mais se desenvolvem são aquelas cujas perguntas sem resposta subsistem por maior tempo (nesse sentido podemos pensar que as perguntas sem respostas são mais valiosas do que as respostas, afinal de contas, incontáveis descobertas científicas foram encontradas indireta e acidentalmente em pesquisas sobre assuntos divergentes da descoberta!).

A partir desse contexto inicial, diria que as perguntas direcionadoras são aquelas que dão diretrizes de busca para nossa mente inconsciente, como se criassem "atratores" (imãs) inconscientes para tal assunto. Isso não é nada do outro mundo, nem reservado para seres iluminados! Todos nós fazemos uso disso, uns de forma mais útil, outros acidentalmente: quando resolvemos comprar um carro novo, naquela cor, modelo e marca que ninguém tem... Basta tomarmos essa decisão ou efetivar a compra que, ao sairmos na rua, passamos a ver incontáveis carros iguais ao nosso!!!!! Será que todas as pessoas compraram o mesmo carro logo após a nossa compra ou decisão? Não, eles já estavam lá, mas nossa curiosidade natural e inconsciente passa a selecionar informações do ambiente a partir desse novo "atrator" por tais estímulos. A Teoria do Caos explica com mais detalhes o conceito de "atrator".

Em seguida, as perguntas embutidas... São tipos de curiosidades, dúvidas ou perguntas que naturalmente participam do processo inconsciente da comunicação. Quantas vezes você, conversando com alguém que gosta, pode colocar palavras na boca dessa pessoa ou vice-versa? Quantas vezes nós dizemos no dia-a-dia que tal ou qual pessoa falou exatamente aquilo que estávamos pensando, ou... Pensamos em alguém e, ao atendermos o telefone que toca, ouvimos tal pessoa... Nossa cultura criou determinados modelos que concebem a existência de mentes conscientes e inconscientes, porém, nos disse muito pouco sobre como podemos utilizar essas entidades para nossa vida diária. Pois então, durante uma conversa com alguém cuja empatia nos faz sentir bem, podemos experimentar pensar em coisas que possivelmente venham a se tornar assuntos da conversa mesmo que não ofereçamos alguma dica daquilo sobre o que pensamos, é isso que chamo de perguntas embutidas. Conheci pessoas que utilizavam isso com grande maestria. Tudo porque nossas mentes inconscientes também estão se comunicando, na sua própria linguagem (que passa despercebida) enquanto falamos com outras pessoas. Esse artifício pode ser muito interessante e útil no processo de comunicação e utilizado deliberadamente para nos comunicarmos melhor! Mesmo que possa parecer absurdo, ele é comprovado cientificamente em laboratório, entretanto, nem sempre o jargão científico privilegia a simplicidade e familiaridade dos processos estudados, tornando tais habilidades distantes do grande publico por parecerem fatos de outro mundo!

MiniWeb Educação - Como se aprende a aprender?

Quanto ao processo de aprender a aprender, ele possui algumas intercorrências importantes... Costumo considerar como condição básica do "saber aprender" as seguintes categorias: disponibilidade, sentido, procedimentos, discernimento e fé.

Essa fé nada tem a ver com a prática religiosa, mas sim com um estado interior de aceitação dos processos inconscientes de síntese e organização de nossas experiências sensoriais, ou seja, quando percebemos essa presença de nós, dentro de nós mesmos, resgatamos nossa auto-confiança!!!!!! Como todos sabem, uma condição indispensável que nos incita e permite que nos coloquemos na condição de exploradores (é nessa atmosfera que a criança aprende - sendo que, culturalmente, atribuímos a elas as melhores condições de aprendizagem e retenção do conhecimento).

Sentido é aquilo que desperta a motivação para buscar ou aprender algo. Se não houver sentido profundo para aquilo que vamos aprender, não conseguimos ativar os processos de auto-motivação inconscientes (motivação intrínseca), essenciais para o despertar da curiosidade que orienta a exploração! Na Andragogia (educação de adultos) sabe-se que um adulto pouco aprende se não puder avaliar a si mesmo e a utilidade do aprendizado em questão.

Procedimentos são aquelas técnicas ou conhecimentos daqueles que já fizeram antes que nós e podem nos ajudar a minimizar o processo empírico, de tentativa e erro. Podemos sim aproveitar a experiência alheia, seja ela individual ou de um determinado grupo (cultura). O discernimento é a capacidade de fazermos distinções... Aquilo que conquistamos com a prática e o afinamento de nossa percepção e sensibilidade... Por melhores que sejam as técnicas, são muito pouco úteis se não soubermos utiliza-las com maestria e discernimento.

Disponibilidade é uma atitude básica para com o próprio conhecimento. Estarmos cientes de que aquilo que aprendemos numa determinada ocasião, possivelmente (ou provavelmente em alguns campos do conhecimento, tal como na informática e na pesquisa científica de vanguarda) será obsoleto logo adiante. Isto é, que o conhecimento é volátil e que devemos estar preparados para abrir mão dele e substituir por algo melhor quando se apresentar. Nesse sentido, uma postura funcionalista (ou utilitarista) pode ser útil para nos desvenciliar de antigos modelos e teorias, mesmo que tenhamos investido anos para conhece-las - fundamental para o progresso da ciência e do conhecimento. Entretanto, tal atitude de disponibilidade também significa estarmos receptivos para novos paradigmas e andarmos pela vida nos livrando de condicionamentos e preconceitos anacrônicos. Lembre-se sempre que as pessoas que possuem uma memória mais poderosa são as mesmas que possuem potentes estratégias de esquecimento!

Considero essa fórmula abstrata a estrutura básica do aprender a aprender, embora seja insistentemente ignorado pelo sistema educacional instituído, no qual, muitas vezes, quem ensina não se dispõe mais a aprender!

Sendo assim, é evidente que tais características dos melhores "aprendedores" embora abstratas e imponderáveis, dado que são atitudes, embora fundamentais para o sucesso nos processos de aprendizagem, ainda devem ser muito discutidas e referenciadas até que sejam patrimônio de nosso povo, tão conhecido por sua flexibilidade (disponibilidade) e criatividade (sentido e necessidade).

MiniWeb Educação - Prof. Rubens e Prof. Walther, por favor, falem para os Internautas da MiniWeb Educação sobre o trabalho que os Srs. desenvolvem no IDPH - Instituto de Desenvolvimento de Potencial Humano.

O IDPH, como já foi dito, é uma empresa que pretende oferecer ao grande público o que existe de mais moderno e efetivo em resultados educacionais. Se considerarmos que na civilização ocidental há três importantes categorias de patrimônios humanos: dinheiro e propriedades, conhecimento e relacionamentos, então, numa perspectiva empreendedora, e em alguma instância, o IDPH busca aumentar a riqueza de nosso país, sendo que os conhecimentos que disponibiliza gratuitamente na internet ou os seminários que promove servem especialmente para treinar e instrumentalizar pessoas a viverem melhor e de uma forma mais próspera com mais qualidade de vida.

Na prática, atuamos em quatro segmentos educacionais em especial:

• Comunicação e Desenvolvimento de Percepção;

• Ferramentas Educacionais e de Informática;

• Idiomas - Sistema de Aprendizado Aberto (OLeLaS)

• Empreendedorismo (palestras e cursos motivacionais);

• Qualidade de Vida, Comportamento e Autoconhecimento.

Editando e comercializando livros, oferecendo palestras e cursos, orientando pessoas em atendimentos personalizados e, em breve, oferecendo também tais programas na internet no formato de educação à distância.


Entrevista com Prof. Rubens Queiroz de Almeida e com o Prof. Walter Hermann. Ambos os entrevistados criaram o curso: "AUTO-APRENDIZADO DA LÍNGUA INGLESA - Inglês Instrumental e Desbloqueio de Aprendizagem" pelo IDPH Instituto de Desenvolvimento de Potencial Humano. Para saber mais sobre os nossos entrevistados, clique aqui.

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