A
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS CONSEQÜÊNCIAS:
DA CORPORAÇÃO DE ARTESÃOS
E MANUFATURAS LOCAIS À PRODUÇÃO
EM ESCALA INTERNACIONAL
Por
Elias Celso Galvêas
A
Revolução Industrial foi um fenômeno
internacional, tendo acontecido de maneira gradativa,
a partir de meados do século XVIII. A
Revolução Industrial provocou
mudanças profundas nos meios de produção
humanos até então conhecidos,
afetando diretamente nos modelos econômicos
e sociais de sobrevivência humana. O modelo
feudal, essencialmente agrário - e que
caracterizou o período medieval - começa
a entrar em decadência, cedendo lugar,
paulatinamente, ao modelo industrial - primeiramente
em nível local, regional, para, logo
em seguida, dar início à Revolução
Industrial: em nível internacional de
larga escala.
A
grande Revolução Industrial começou
a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra,
no setor da indústria têxtil, a
princípio, por uma razão relativamente
fácil de se entender: o rápido
crescimento da população e a constante
migração do homem do campo para
as grandes cidades acabaram por provocar um
excesso de mão-de-obra nas mesmas. Isto
gerou um excesso de mão-de-obra disponível
e barata - que permitiria a exploração
e a expansão dos negócios que
proporcionarão a acumulação
de capital (Capitalismo) pela então burguesia
emergente. Isto tudo, aliado ao avanço
do desenvolvimento científico - principalmente
com a invenção da máquina
à vapor e de inúmeras outras inovações
tecnológicas - proporcionou o início
do fenômeno da industrialização
mundial ocorrido, como já foi
comentado, primeiramente, na Inglaterra.
No
século XVII, no ano de 1600, a população
da Inglaterra passou de 4 milhões de
habitantes para cerca de 6 milhões; no
século seguinte, no ano de 1700, a população
já beirava os 9 milhões de habitantes!
Na Europa Continental, esse crescimento foi
ainda mais rápido: na França,
por exemplo, a população passou
de 17 milhões, em 1700, para 26 milhões
em 1800. O crescimento demográfico em
tal escala proporcionou uma forte expansão
dos mercados consumidores para bens manufaturados,
especialmente vestuários.
Um
outro fator importante no acontecimento revolucionário
industrial, foi que, na Inglaterra, o consumo
de tecidos de lã era muito maior que
os de algodão. Os tecidos de algodão
eram importados da índia, de modo que
para proteger a indústria local de lã,
o Parlamento inglês criou tarifas pesadas
sobre as importações dos tecidos
de algodão estrangeiros e, dessa forma,
acabou por incentivar a industrialização
dos tecidos de algodão na própria
Inglaterra que, com a medida, ficavam
sem concorrentes.
Até
meados do século XVIII (1760), a fiação
tanto de lã como de algodão era
feita manualmente em equipamentos toscos chamados
rocas, rocadoras, de baixíssimo rendimento.
A partir de 1764, James Hargreaves inventou
e introduziu no mercado a sua famosa máquina
Spinning Jenny, que consistia numa
máquina de fiar que multiplicou a produção
em 24 vezes em relação ao rendimento
das antigas rocas.
Logo
em seguida, o mesmo inventor colocava à
disposição do mercado tinha uma
nova invenção: a lançadeira
volante Fly-Schepel. A combinação
desse processo de tecelagem com a fiação
das Spinning Jenny produziu uma
verdadeira revolução, que seria
completada com a invenção do Bastidor
Hidráulico de Richard Arkwright, que
tornou possível a produção
intensiva das tramas longitudinais e latitudinais
invento que foi otimizado com a chamada
Mula Fiadora (Spinning Mule) inventada por Samuel
Cropton, em 1789, uma combinação
da Spinning Jenny de James Hargreaves com o
bastidor de Richard Arkwright.
Com
esses novos processos mecânicos, a produção
aumentou de 200 a 300 vezes em comparação
com o que era produzido antes, no mesmo tempo.
Por outro lado, melhorou substancialmente a
qualidade do fio. Ainda no século XVIII,
em 1792 um outro invento de Eli Whitney conseguiu
separar mecanicamente as sementes da fibra do
algodão, de modo a reduzir substancialmente
o seu preço.
As
primeiras máquinas eram suficientemente
baratas para que os fiandeiros pudessem continuar
a trabalhar em suas casas. No entanto, na medida
em que aumentavam de tamanho, deixaram de ser
instaladas nas habitações para
serem instaladas nas oficinas ou fábricas
perto dos cursos d'água que podiam ser
utilizados como fontes de força motriz.
É importante lembrar, que, até
então, toda força motriz utilizada
na indústria incipiente era de fonte
hidráulica. A transição
da indústria doméstica para o
sistema fabril não se fez do dia para
a noite, de modo que, durante muito tempo, a
fiação de algodão continuou
sendo feita em casa, assim como nas primeiras
fábricas.
Entretanto,
em 1851, já três quartos das pessoas
ocupadas na manufatura trabalhavam em fábricas
de médio e grande porte. Porém,
a tecelagem continuou sendo uma industria doméstica,
até que surgiu a invenção
de um tear mecânico, que era barato e
prático. Com essas invenções,
os tecelões manuais foram deslocados
para as fábricas e, praticamente, com
o passar do tempo, acabaram por desaparecer.
As
inovações introduzidas na indústria
têxtil deram à Inglaterra uma extraordinária
vantagem no comércio mundial dos tecidos
de algodão, a partir de 1780. O tecido
era barato e podia ser comprado por milhões
de pessoas que jamais haviam desfrutado o conforto
de usar roupas leves e de qualidade. Em 1760,
a Inglaterra exportava 250 mil libras esterlinas
de tecidos de algodão e, em 1860, já
estava exportando mais de 5 milhões.
Em 1760, a Inglaterra importava 2,5 milhões
de libras-peso de algodão cru, e já
em 1787 importava 366 milhões.
Ao
lado das grandes invenções e inovações
no campo da indústria têxtil, surgiu
uma outra grande invenção: a máquina
a vapor, de James Watts, em 1763. Segundo alguns
historiadores, foi essa combinação
das invenções no campo da indústria
têxtil e a máquina a vapor, principalmente
na indústria de mineração,
dos transportes ferroviários e marítimos,
que, num período de 100 anos (1770 a
1870), caracterizaram e promoveram a grande
Revolução Industrial.
O
rápido crescimento da população
no continente europeu e nas colônias,
principalmente entre 1800 e 1850, fizeram com
que, também, em outros países
da Europa, se construísse um clima favorável
à proliferação industrial.
Um
elemento importante no contexto da Revolução
Industrial foi a melhoria generalizada dos sistemas
transportes, nas mais variadas partes da Europa:
Na Áustria, foram construídos
mais de 48 mil Km de estradas, entre 1830 e
1847; a Bélgica quase dobrou sua rede
de estradas no mesmo período; e a França
construiu, além de estradas, 3.200 km
de canais. Nos Estados Unidos, onde a industrialização
se processou num ritmo cada vez mais veloz,
depois de 1830, o total das estradas saltou
de 34.000 Km, em 1800, para 272.000 Km, em 1856.
Por
volta de 1840, os países da Europa Continental
e também os Estados Unidos, seguiam mais
ou menos lentamente o rumo da industrialização
inglesa. Nos 10 anos seguintes, porém,
o advento das estradas de ferro alterou inteiramente
essa situação. A explosão
das ferrovias provocou um surto de expansão
em todas as áreas industriais. Não
só aumentou em enormes proporções
a demanda de carvão e matérias-primas,
como também de grande variedade de bens
pesados, como: trilhos, locomotivas, vagões,
sinais, chaves de desvio, como também
possibilitou um transporte mais rápido
das mercadorias da fábrica para o ponto
de venda, reduzindo o tempo de distribuição
e o custo das mercadorias.
Entre
1850 e 1570, a Grã-Bretanha continuou
a ser o gigante industrial do Ocidente. Entretanto,
pouco a pouco, a França, a Alemanha,
a Bélgica e os Estados Unidos viriam
a assumir posições cada vez mais
importantes.
A
sustentação de uma posição
privilegiada no campo industrial levou os países
europeus a uma política agressiva na
área comércio internacional, procurando
impedir que outros países, principalmente
fora da Europa, desenvolvessem satisfatoriamente
as suas indústrias. A Europa usava seu
poderio econômico e, quando necessário,
sua força militar, para garantir que
o mundo permanecesse dividido entre os produtores
de manufaturas e os fornecedores das matérias
primas, localizadas principalmente nos países
colonizados. Este foi um aspecto da divisão
do trabalho que, em nível mundial, mais
caracterizou a Revolução Industrial.
Enfim,
o conseqüente processo de urbanização
e a formação da consciência
de classe a nova classe dos trabalhadores,
que passarão a se organizar em sindicatos
podem ser considerados os aspectos mais
importantes e relevantes no tocante às
conseqüências dos processos que levaram
à Revolução Industrial.
PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO
Antes
de examinarmos as conseqüências da
Revolução Industrial, é
importante registrar que, nos séculos
XVI e XVII, a Europa vivia um enorme contraste
entre o luxo dos palácios, a riqueza
dos nobres aristocratas; e a pobreza, a miséria
em que vivia a maior parte do povo. Já
nessa época existia uma ascendente classe
de burgueses que enriqueceram, principalmente,
com o comércio nas novas colônias.
Não havia trabalho para todos e, mesmo
os que trabalhavam, ganhavam salários
mínimos, muitas vezes insuficientes para
sua subsistência.
Ao
lado desses pobres trabalhadores, convivia uma
multidão de mendigos, que representava
o resultado dos custos das prolongadas guerras
e da inflação que assolou a Europa
a partir da entrada de ouro e prata vindos da
América. Impressionante o registro desses
fatos: em meados do século XVII, a quarta
parte da população de Paris era
constituída de mendigos.
Essa
situação agravou-se ainda mais
na segunda metade do século XVIII, quando
foi registrada uma verdadeira explosão
demográfica. Até 1750, a população
da Europa, incluindo a Rússia, era de
pouco mais de 100 milhões de pessoas,
possuindo uma taxa de crescimento lenta que
não chegava a mais de um por cento ao
ano. A partir de 1750, no entanto, a taxa de
crescimento da população chegou
a 4% ao ano e, seguindo em crescimento, atinge
mais de 10% na década de 1780. Em 1790,
a cidade de Paris já contava com 700
mil habitantes e Londres, 900 mil.
O
excesso de população - seguida
pelo êxodo rurual - é que respondia
pela grande massa dos desempregados concentrados
nas maiores cidades, o que proporcionava ao
empresário capitalista burguês
um grande contingente de mão-de-obra
por um preço irrisório. A conseqüência
disto, como todos sabemos, é o começo
da fase do "Capitalismo Selvagem",
onde existe uma intensificação
generalizada da exploração humana
por parte dos detentores emergentes dos novos
meios de produção - fato que,
por sua vez, gerará inúmeras reações
violentas em todo continente europeu por parte
dos trabalhadores explorados e desempregados
(miseráveis).
E O QUE MAIS PRECISAMENTE ACONTECERÁ
A PARTIR DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?
Com
a Revolução Industrial, ocorreu
um enorme aumento da produtividade, em função
da utilização dos equipamentos
mecânicos, da energia a vapor e, posteriormente,
da eletricidade, que passaram a substituir a
força animal e, ainda mais agravante,
dispensava o trabalho humano. Esse aumento de
produtividade aliado ao excesso de mão-de-obra
geram, inevitavelmente, desemprego. E novas
levas de milhares e milhares de trabalhadores
desempregados vão se incorporar à
grande massa dos mendigos.
Essa
situação foi muito mais dramática
na Europa Continental do que na Inglaterra por
uma questão de emigração
dos ingleses que deixaram as ilhas britânicas
em direção a outras partes do
mundo, principalmente Estadas Unidos, Austrália,
Nova Zelândia e algumas regiões
da África. Essa emigração
foi acentuada a partir de 1850, em cuja década
alcançou mais de 2,5 milhões de
pessoas contra apenas 200 mil ingleses que emigraram
na década de 1820.
A
situação só não
foi mais catastrófica por que ao lado
da Revolução Industrial ocorreu
também uma Revolução Agrícola.
A utilização de novos métodos
agrícolas, rotação de safras,
sementes selecionadas e o surgimento de novos
equipamentos agrícolas, produziram um
extraordinário aumento na produção
de alimentos. Isso tornou o preço da
alimentação mais barato e ajudou
enormemente a sobrevivência dos trabalhadores.
É bem verdade que, aí também,
há um aspecto perverso: na medida em
que melhoraram os preços e as condições
de alimentação, o número
de filhos por família aumentava assustadoramente.
Como
vimos anteriormente, ocorreu com a Revolução
Industrial um extraordinário desenvolvimento
da indústria têxtil, que veio acompanhada
de forte expansão na produção
agrícola de algodão - principalmente
nas colônias - e da pecuária de
carneiros para a produção de lã.
Na Inglaterra, essa alteração
na estrutura da produção agrícola
representou uma transferência profunda
da agricultura de alimentação
para subsistência por uma nova atividade:
a criação de carneiros, que ocupava
enormes extensões de terra.
Essa
mudança na estrutura da produção
representou simplesmente a expulsão de
milhares e milhares de camponeses de suas terras,
para que os grandes proprietários expandissem
a produção da lã. Esses
camponeses expulsos de suas terras foram parar
nas cidades, onde muitos encontravam empregos
na indústria, mas a maioria perambulava
desempregada.
O
excesso de mão-de-obra nas cidades industriais
fez com que baixassem tremendamente os salários
dos trabalhadores. É verdade que alguns
trabalhadores especializados, nas novas fábricas,
melhoravam seus padrões de vida. Mas
a maioria ganhava o suficiente apenas para se
alimentar e sobreviver. Segundo a "História
da Civilização Ocidental",
de Edward Burns e outros, na cidade industrial
de Bolton, na Inglaterra, no ano de 1842, um
tecelão manual não conseguia ganhar
mais do que cerca de três xelins, enquanto,
nessa época, estimava-se necessário
pelo menos 20 xelins semanais para manter uma
família de cinco pessoas um pouco acima
do limite da miséria.
Na
área da habitação, a situação
era igualmente constrangedora. Em muitas das
grandes cidades, homens e velhos viviam em casa
de cômodos, separados de suas famílias
que haviam deixado no campo. Os trabalhadores
mais pobres, em quase todas as cidades européias,
moravam em horríveis quartos de porão,
muitas vezes destituídos de luz, de água
e de esgotos.
Daí
a ocorrência intensa e freqüente
da cólera, do tifo e da tuberculose,
que produziam uma enorme mortalidade infantil.
Os historiadores diziam e dizem ainda hoje que
podiam se considerar felizes os trabalhadores
que não morressem de fome.
Igualmente
penosas eram as condições de trabalho
nas fábricas: antes de 1850, a jornada
fabril era longa, em geral de 12 a 14 horas
diárias. O ambiente das fábricas
era sujo e peri-goso. As máquinas eram
desprotegidas e ocasionavam freqüentes
acidentes de trabalho, muitas vezes mutilando
os trabalhadores. Por outro lado, havia um tremendo
rigor em relação ao horário
de trabalho e à permanência dos
trabalhadores junto às máquinas.
Ao lado disso, havia, na maior parte das fábricas,
a preferência na contratação
de mulheres e crianças, pois, além
de protestarem menos quanto às condições
de trabalho, pareciam conformadas em aceitar
salários menores.
É
no contexto da Revolução Industrial,
da deterioração das condições
de vida dos trabalhadores, do desemprego e da
miséria, que a Europa vai se aproximando
da Revolução France-sa de 1789.
Agravou a situação uma sucessão
de más colheitas, resultando na escassez
de alimentos e na elevação de
seus preços. A fome e a miséria
são os principais ingredientes da revolta
do povo que levou à Revolução
Francesa. As últimas décadas do
século XVIII registraram esse quadro
doloroso na Europa, onde desemprego e fome multiplicavam
incrivelmente o número dos mendigos e
vagabundos.
No
inverno, viviam todos recolhidos às suas
pobres casas e cabanas procurando algum aquecimento
em seus abrigos, mas, na primavera, surgiam
os bandos de salteadores, criando insegurança
nos campos e nas estradas.
No
entanto, chegou um momento, no final da década
de 1780, em que os camponeses se armaram e iniciaram
uma grande revolta conhecida com o nome de "O
Grande Medo", invadindo os castelos e queimando
os títulos de propriedade. Nas regiões
de Macon e Beaujolais, 72 castelos foram incendiados.
O medo de perder suas terras levou os burgueses
a se unirem aos nobres e a organizarem tropas
armadas para repelir as invasões gerando
uma luta de classes violenta e sangrenta.
A
crise econômica que veio na esteira da
Revolução Industrial e da Revolução
Francesa provocou enormes agitações
políticas em toda a Europa. Contra o
chamado capitalismo selvagem, idéias
socialistas foram gradativamente ganhando corpo,
minando as estruturas do Estado e da burocracia.
Os trabalhadores começaram a se organizarem
em Sindicatos e ganharam enorme poder de luta
na defesa de seus interesses. Na Inglaterra,
realizou-se um movimento político reformista
de grande significação, o então
chamado "Cartismo", entre 1833 e 1848,
cujo programa (Carta do Povo) consegue a primeira
lei de proteção ao traba-lho da
criança (1833) e das mulheres (1842),
assim como a limitação da jornada
de trabalho a 10 horas (1847).
No
campo político, uma onda revolucionária
varreu a Europa, na França, Itália,
Alemanha, Suíça, após a
derrubada do Rei Carlos X, na Revolução
Popular de 1830 que escolheu Luiz Felipe como
monarca. Na grande Revolução de
1848, Luiz Felipe é destronado e Luiz
Bonaparte, sobrinho de Napoleão, é
eleito presidente da República da França.
A
Revolução Industrial na sua seqüência,
tomou, no plano das idéias, dois rumos
diferentes: em uma vertente, desenvolveram-se
as idéias do liberalismo econômico,
segundo os postulados dos grandes economistas
do final do século XVIII, principalmente
Adam Smith, David Ricardo, Jean Batista Say
e John Stuart Mill. De outro lado surgiram,
mais tarde, as reações de cunho
socialista, que atingem um ponto máximo
com o Manifesto Comunista de 1848, de Karl Marx
e Friedrich Engels.
No
ponto de vista sócio-econômico,
a Revolução Industrial proporcionou
o comércio em escala mundial. O modelo
Feudal, essencialmente agrário - caracterísco
da Idade Média - entrou, gradativamente,
em decadência, cedendo lugar ao comércio
internacional em larga escala. Os grandes latifundiários,
os senhores feudais, bem como a estrutura agrária
feudal, entraram em franco declínio,
cedendo lugar para o capitalismo da burguesia
industrial emergente.