História da Segunda Guerra Mundial |
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o extermínio dos judeus quem sabia e o que sabia? (capítulo 9);
os diversos tipos de colaboração com o nazismo, em vários países europeus (capítulo 7);
o mito do jogo duplo na política de Pétain, na França ocupada (capítulo 2);
os trunfos da resistência (capítulo 8), entre outros.
Para cada ensaio, há uma seção chamada Documentos, com transcrições de jornais apresentados nos cinemas, cartas, jornais escritos, panfletos e outros testemunhos do evento em questão, que podem ser lidos e discutidos em classe.
Se o professor desejar discutir, por exemplo, o papel da mídia na formação da opinião pública, pode utilizar o primeiro ensaio para leitura e discussão em pequenos grupos. Nesse ensaio, o autor questiona o funcionamento da propaganda nos dois lados do conflito. Para isso, utiliza-se de um material recentemente incorporado à análise histórica: a produção cinematográfica.
Trata-se de uma rápida análise de filmes de ficção, jornais de tela (que apareciam no meio de filmes de propaganda nazista) e material de propaganda produzidos nos EUA, Alemanha, França, Inglaterra e Rússia, mostrando como a opinião pública desses países foi preparada para entrar na guerra.
Na Alemanha, especialmente, o cinema foi uma das molas mestras da propaganda nazista, totalmente sob o controle do poder, situação essa que inspirou Charles Chaplin, em O Grande Ditador (1939-40), e tantos outros filmes antifascistas, principalmente nos EUA e na ex-URSS. Assim, segundo Marc Ferro, às vésperas do início da guerra, os cineastas desses dois países prepararam a opinião pública para combater o nazismo.
Boa parte desse material está disponível em vídeo e possibilita um interessante trabalho em sala de aula. É possível estabelecer com os alunos um programa de trabalho em etapas, por exemplo:
Etapa 1:
Assistir a dois ou três desses filmes (de países
diferentes) e estabelecer comparações
entre eles, visando a identificar o contexto histórico,
as idéias veiculadas, os conflitos narrados e
outras questões ligadas à linguagem específica
do cinema. Nesse caso, localizar para análise
um filme de propaganda alemã pode ser muito elucidativo,
se o professor chamar a atenção dos alunos
para os recursos e sutilezas não-verbais, que
visam a incutir nos espectadores as idéias nazistas.
Após a projeção de cada filme,
é interessante uma primeira troca de impressões
com a classe e, em seguida, uma discussão organizada
em grupos, seguindo o esquema proposto e elaborando
os registros para serem compartilhados. O interessante
é que os alunos, ao final do ciclo, estabeleçam
semelhanças e diferenças entre os filmes
dos diversos países.
Etapa 2:
Para aprofundar as questões suscitadas pelos
filmes, nada melhor do que a leitura do livro de Marc
Ferro, que pode ser trabalhado em forma de seminário,
em que cada grupo se dedica a um dos ensaios, que contam
com um roteiro de questões orientadoras da discussão
no final (p. 189).
É importante também analisar o rico material
iconográfico de cada ensaio: cenas de filmes,
cartazes de propaganda nazista ou da resistência,
fotografias de combates e muitos outros.
Com atividades desse tipo, é possível que os alunos percebam cada vez mais a importância do trabalho da História na formação do cidadão, com o exercício do olhar e análise críticos sobre a diversidade da experiência humana, expressa de várias maneiras.
Referência:
FERRO, Marc. História da Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Ática, 1995.
Texto
original: Ronilde Rocha Machado
Fonte: Equipe EducaRede