A
atmosfera da Terra é constituída
de gases que permitem a passagem da
radiação solar e absorvem
grande parte do calor (radiação
infravermelha térmica) emitido
pela superfície aquecida. Graças
ao efeito estufa, a temperatura média
da superfície do planeta mantém-se
em cerca de 15°C. Sem ele, a temperatura
média da Terra seria de 18°C
abaixo de zero. É benefício
ao planeta, pois cria condições
para a existência de vida.
Quando
se alerta para riscos relacionados
ao efeito
estufa, o foco é sua possível
intensificação e conseqüência
para o clima. Quanto maior for a concentração
de gases, maior será o aprisionamento
do calor e mais alta ficará
a temperatura média do globo
terrestre. O aquecimento global é
estudado há 25 anos, mas pode-se
dizer que só agora a humanidade
tomou consciência de que a crise
ambiental é real e seus efeitos
são imediatos.
Antigamente,
causas naturais ou antropogênicas
(provocadas pelo homem) eram propostas
para explicar o fenômeno. Porém,
novas pesquisas científicas
consideram que o aumento repentino
da temperatura planetária se
deve à ação humana,
com escassa contribuição
de qualquer outra influência
da natureza. Até os ecocéticos
aceitam agora a idéia assustadora
de que o tempo disponível para
evitar a catástrofe global
está perigosamente curto.
A
principal evidência do aquecimento
global vem das medidas de temperatura
de estações metereológicas
em todo o globo. Os dados mostram
que o aumento médio da temperatura
foi de 0,6+-0,2 C durante o século
XX. Os maiores aumentos foram em dois
períodos: 1910 a 1945 e 1976
a 2000. Evidências secundárias
são obtidas por meio da observação
das variações da cobertura
de neve das montanhas e de áreas
geladas, do aumento do nível
global dos mares e das precipitações,
da cobertura de nuvens, do El
Niño e outros eventos
extremos de mau tempo durante o século
XX. Fonte: IPCC
"Pela
primeira vez desde que começaram
as medições, no século
XIX, o termômetro chegou aos
40º em diversas regiões
temperadas da Europa e dos Estados
Unidos. A Somália foi castigada
pelas enchentes mais devastadoras
do último meio século.
A calota gelada do Ártico ficou
60.400 quilômetros quadrados
menor – ou seja, uma área
equivalente a duas vezes o estado
de Alagoas virou água e ajudou
a elevar o nível dos oceanos.
Na China, a pior temporada de ciclones
em uma década resultou em 1.000
mortes e 10 bilhões de dólares
em prejuízos. Na Austrália,
o décimo ano seguido de seca
impiedosa agravou o processo de desertificação
do solo e desencadeou incêndios
florestais com virulência nunca
vista". Fonte: Revista
Veja
Estudos
estimam que, mantido o ritmo atual,
a temperatura média da Terra
subirá entre 2 e 4,5 graus
até 2050. O debate científico
não é mais sobre em
que momento dos próximos cinqüenta
anos o aquecimento global se abaterá
sobre nosso pobre planeta, mas sobre
como escapar da arapuca que nós
próprios armamos para as futuras
gerações.
Acredita-se
que o acontecimento seja devido ao
uso de combustíveis fósseis
e outros processos industriais, que
levam à acumulação
na atmosfera de gases propícios
ao Efeito Estufa, tais como o dióxido
de carbono, metano, óxido de
azoto e os CFCs. Para evitar a piora
da situação, seria preciso
parar de bombear na atmosfera esses
gases, resultantes da atividade humana.
Eles formam uma espécie de
cobertor em torno do planeta, impedindo
que a radiação solar,
refletida pela superfície em
forma de calor, retorne ao espaço.
É o chamado efeito estufa,
e a ele cabe a responsabilidade maior
pelo aumento da temperatura global.
Dióxido
de Carbono
Tem um papel importante para
os seres vivos: animais expiram
e as plantas absorvem na fotosíntese.
As maiores contribuições
para o aumento deste gás
de estufa são a queima
de combustíveis fósseis
(carvão, petróleo
e gás natural) e a
queima de áreas de
floresta (o dióxido
de carbono armazenado nas
árvores liberta-se,
além de que a capacidade
da floresta reciclar dióxido
de carbono em oxigénio
fica fortemente diminuída).
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Metano
É o maior constituinte
do gás natural e é
produzido em grandes quantidades
nos sistemas digestivos dos
animais ruminantes (por exemplo,
vacas). Até a agricultura
dá a sua contribuição
com os campos de arroz, que
se pensa serem os principais
produtores de metano de origem
humana. É de 20 a 30
vezes mais eficiente a capturar
o calor que o dióxido
de carbono.
|
Óxido
de azoto
Também conhecido por
gás do riso. É
produzido naturalmente por
meio de atividades microscópicas
no solo. As contribuições
humanas provêm de fertilizantes,
aumento da agricultura e queima
de combustíveis fósseis
e florestas.
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Clorofluorcarbonetos
(CFCs)
Os CFCs são gases estufa,
porém são os
únicos gases de produção
exclusivamente humana. São
utilizados como refrigeradores,
propulsores e solventes. É
o gás de estufa mais
potente de todos: uma só
molécula retém
20.000 vezes mais calor do
que uma molécula de
dióxido de carbono.
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Uma
prévia do relatório
anual da Organização
Meteorológica Mundial,
órgão da ONU
que avalia o clima na Terra,
divulgada em dezembro, mostra
que 2006 foi marcado por uma
série de recordes sombrios
no terreno das alterações
climáticas e das catástrofes
naturais.
Sabe-se que o relatório
final da organização,
a ser divulgado em fevereiro,
prevê o desaparecimento
total do gelo no Ártico
durante os meses de verão
já a partir de 2040.
Isso pode significar a extinção
do urso-polar em seu habitat".
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Causas
do aquecimento global
Mudanças climáticas
ocorrem devido a fatores internos
e externos. Fatores internos são
aqueles associados à complexidade
derivada do fato dos sistemas
climáticos serem sistemas
caóticos, não lineares.
Fatores externos podem ser naturais
ou causados pelo homem.
O principal fator externo natural
é a variabilidade da radiação
solar, que depende dos ciclos
solares e do fato de que a temperatura
interna do sol vem aumentando.
Fatores antropogênicos são
aqueles da influência humana
levando ao efeito estufa, o principal
dos quais é a emissão
de sulfatos que sobem até
a estratosfera causando depleção
da camada de ozônio.
A
maior parte destes gases são
produzidos pela queima de combustíveis
fósseis. Os cientistas
pensam que a redução
das áreas de florestas
tropicais tem contribuído
para o aumento do carbono. No
entanto, florestas novas nos Estados
Unidos e na Rússia contribuem
para absorver dióxido de
carbono e, desde 1990, a quantidade
de carbono absorvido é
maior que a quantidade liberada
no desflorestamento.
A
influência de fatores externos
pode ser comparada usando conceitos
de força radiotiva. Uma força
radiotiva positiva esquenta o planeta
e uma negativa o esfria. Emissões
antropogênicas de gases, depleção
do ozônio estratosférico
e radiação solar tem
força radioativa positiva
e aerosóis tem o seu uso
como força radiotiva negativa.
Fonte: IPCC
Conseqüências
do aquecimento global
Aumento
do nível dos oceanos: com
o aumento da temperatura no mundo,
está em curso o derretimento
das calotas polares. Ao aumentar
o nível da águas dos
oceanos, podem ocorrer, futuramente,
a submersão de muitas cidades
litorâneas;
Crescimento
e surgimento de desertos: o aumento
da temperatura provoca a morte de
várias espécies animais
e vegetais, desequilibrando vários
ecossistemas. Somado ao desmatamento
que vem ocorrendo, principalmente
em florestas de países tropicais
(Brasil, países africanos),
a tendência é aumentar
cada vez mais as regiões
desérticas em nosso planeta;
Aumento
de furacões, tufões
e ciclones: o aumento da temperatura
faz com que ocorra maior evaporação
das águas dos oceanos, potencializando
estes tipos de catástrofes
climáticas;
Ondas de calor: regiões de
temperaturas amenas tem sofrido
com as ondas de calor. No verão
europeu, por exemplo, tem se verificado
uma intensa onda de calor, provocando
até mesmo mortes de idosos
e crianças.
Existe
algo a fazer?
Para reverter os efeitos
do aquecimento global é
preciso reduzir a quantidade
de carbono e de outros gases
químicos destruidores
lançados na atmosfera
em todo o mundo.
Em
1997, a Organização
das Nações
Unidas lançou
o Tratado
de Kioto, assinado no
Japão. Este tratado
obriga legalmente a todas
as nações
industrializadas a diminuir
em 5, 2%, entre 2008 e 2012,
o lançamento dos
gases estufa na atmosfera.
Porém, os Estados
Unidos, responsáveis
por cerca de 30% de todos
os poluentes lançados,
não assinaram o protocolo.
O pior, é que talvez
nem os países que
assinaram consigam cumprir
as metas de diminuição.
O
aquecimento global, não
é um problema individual.
É preciso haver logo
uma conscientização
da população
mundial para que ainda se
possa fazer algo. É
uma luta contra o tempo,
como se uma “bomba
do tempo” estivesse
ativada, correndo o risco
de explodir a qualquer momento.
|
Para saber mais
Leia
a matéria do Portal do Voluntário
sobre Meio
ambiente e educação
ambiental e conheça algumas
ações ligadas ao tema.
Confira
as "7
megassoluções para
um megaproblema", sete
projetos radicais para salvar o
planeta propostas por cientistas
e pesquisadores na Revista VEJA.
Reveja a entrevista do Portal do
Voluntário com o jornalista
André Trigueiro.
"Aquecimento
global pode ser irreversível
em 10 anos", matéria
do site AmbienteBrasil.
"As
alterações climáticas
vão mudar o homem de lugar",
matéria da Revista Digital
Envolverde.
Veja a matéria "As
conseqüências do aquecimento
global para o Brasil".
Greendicas
O
Greenpeace
também alerta para o aquecimento
global, além das consequências,
é preciso cuidar também
das causas! Por isso, vamos exigir
a adoção de medidas
contra o aquecimento global. Além
do governo, você também
pode contribuir fazendo a sua parte:
Economize
energia elétrica: não
guarde alimentos quentes na geladeira,
use lavagem a frio na máquina
de lavar, troque lâmpadas
incandescentes por fluorescentes;
Dispense sempre que puder os saquinhos
plásticos, e quando não
for possível, reutilize-os
para armazenar o lixo;
Separe os materiais recicláveis
e incentive a coleta seletiva no
seu condomínio, bairro ou
cidade;
Use sempre materiais de limpeza
biodegradáveis;
Ao comprar produtos de madeira,
verifique sempre a origem e exija
o selo FSC;
Peça e ofereça carona,
além de divertido, você
contribui para diminuir a poluição.
Clique
aqui para ver mais Greendicas.
Fonte:
Portal
do Voluntário