Família
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Nos condomínios chiques os próprios moradores insistem em não observar as mínimas regras de convivência. Se o porteiro interfona para checar sobre a entrada de um visitante no prédio - norma estabelecida para todos - sempre existem alguns que sentem-se extremamente "ofendidos" e, por vezes, até destratam aqueles que, num outro momento, seriam severamente repreendidos se não fizessem o que estabeleceu-se como regra.
Nas ciclovias, o lazer - andar de bicicleta - virou conflito com os pedestres que têm que prestar muita atenção para não serem atropelados. São homens, mulheres e crianças que preferem arriscar a vida de um semelhante a diminuir a velocidade, para não perder um segundozinho de prazer pessoal. Nas praias, os jogos de bola (volei, frescobol, futebol), tão saudáveis, transformaram-se ocupando mais e mais espaço dos banhistas e ameaçando-lhes a segurança física. No trânsito - nem é bom falar - vivemos um permanente bangue-bangue: tiros são disparados contra pessoas, por simples desentendimentos ou "fechadas".
Na escola, os alunos esforçados, estudiosos e atentos são ridicularizados pelos demais que lhes colocam apelidos pejorativos como cê-dê-efe e outros. No trabalho, diferentes formas de bajulação substituem a produtividade e a seriedade como instrumento certo para promoções. Intrigas e "fofocas" são toleradas e até incentivadas como meio de "comunicação" enquanto os que agem lealmente são alijados do processo ou colocados em segundo plano.
Frente a tudo isso, os pais, repentinamente, sentem-se receosos e inseguros. Os próprios filhos são os primeiros a questionar: "só você é que faz assim!" ; "os pais da fulana deixam..."; "ah, todo mundo faz!"; "você é quadrado "; "você já era..."; "por que eu não posso, se todo mundo vai?" Junte-se a isso tudo a influência extremamente forte dos meios de comunicação de massa incentivando o consumismo e a adoção de valores materiais e imediatistas e poderemos, sem dificuldade alguma, compreender a situação em que se encontram os pais.
Preocupados em garantir um futuro para os filhos, defrontam-se com um contexto que os leva a questionar valores até então incorporados e transmitidos geração após geração, quase que automaticamente. "Será que meu filho não vai ser "o bobão" do grupo?" "Será que lhe estou dando o instrumental correto para viver nesse tipo de sociedade?" (*) Mestre em Educação, Escritora, Professor-Adjunto da UFRJ, Autora dos livros "Educar sem Culpa", "Sem Padecer no Paraíso" , "O Adolescente por ele Mesmo", "Rampa", "Encurtando a Adolescência" entre outros. E-mail: taniaz@esquadro.com.br Leia reportagem completa em Aprender OnLine - Leiam mais artigos relacionados a Educação. Excelente o site Aprendiz.
(*) Mestre em Educação, Escritora, Professor-Adjunto da UFRJ, Autora dos livros "Educar sem Culpa", "Sem Padecer no Paraíso" , "O Adolescente por ele Mesmo", "Rampa", "Encurtando a Adolescência" entre outros. E-mail: taniaz@esquadro.com.br
Leia reportagem completa em Aprender OnLine - Leiam mais artigos relacionados a Educação. Excelente o site Aprendiz. - Texto publicado na MiniWeb Educação em 2.000.