O
país é um dos mais ocidentalizados
do Oriente Médio , resultado
do alinhamento com nações
capitalistas promovido pelo rei Hussein.
Morto em 1999 após quase 47
anos no trono da Jordânia, Hussein
equilibra-se durante décadas
entre a fidelidade ao Ocidente (que
incluía relações
secretas com Israel) e a dependência
econômica em relação
ao mundo
árabe. O monarca também
desempenha papel-chave nas negociações
de paz com os israelenses, iniciadas
em 1993. O sucessor de Hussein, seu
filho Abdullah, tem à frente
a tarefa de firmar sua liderança
política numa das regiões
mais instáveis e complexas
do mundo. No plano interno, a Jordânia
depara com uma acentuada crise econômica
e social, que inclui problemas como
o aumento da dívida externa
e a taxa alta de desemprego. O novo
rei também enfrenta o desafio
de controlar o fundamentalismo islâmico
e manter o equilíbrio entre
a maioria palestina e as tribos beduínas
- naturais do país e que dominam
o Exército.
Petra
Ao longo da extensa fronteira com
Israel, numa faixa de pouco mais de
100 km de largura, concentra-se a
maior parte da população,
já que o restante do território
é desértico. Depois
da paz entre os dois países,
assinada em 1994, o fluxo de turistas
para a Jordânia aumenta de forma
significativa. O destino mais procurado
é o sítio arqueológico
de Petra, construções
monumentais escavadas pelo povo nabateu
nas rochas de um grande cânion.
História
Babilônios,
persas e gregos impõem sucessivamente
domínios no território,
originalmente habitado por amonitas,
amorreus, moabitas e edomitas. A partir
do século VII a.C., a presença
mais expressiva é a dos nabateus,
povo nômade que constrói
uma próspera civilização,
beneficiando-se do controle de importante
rota de caravanas. Em 64 a.C., a região
é conquistada pelos romanos,
que a anexam à província
da Síria. Segue-se um período
em que se submete ao Império
Bizantino.
A
conquista árabe é marcada
pela tomada de Damasco, em 635, e
pela ocupação de Jerusalém,
em 638. O idioma árabe e a
religião islâmica passam
a predominar na região. No
século XVI, o território
torna-se parte do Império Turco-Otomano.
Independência
- Com a derrota dos turcos na I Guerra
Mundial, a área a leste do
rio Jordão, que corresponde
aproximadamente ao atual território
jordaniano, é incorporada à
administração britânica
da Palestina. Em 1920, a região,
transformada em emirado sob o nome
de Transjordânia, é oferecida
pelos britânicos ao príncipe
Abdullah bin Hussein. Ele proclama
a independência da Transjordânia,
já formalmente separada da
Palestina, em maio de 1923. O governo
é reconhecido em 1928 pelo
Reino Unido, que mantém o controle
sobre as finanças, as Forças
Armadas e as relações
externas. A independência completa
só é admitida em 1946.
Proclamado rei em 25 de maio, Abdullah
funda a dinastia Hachemita.
DADOS GERAIS
Reino
Hachemita da Jordânia (Al-Mamlaka
al-Urdonnyia al-Hashemiya).
CAPITAL:
Amã.
NACIONALIDADE:
jordaniana.
DATA
NACIONAL: 25 de maio (Independência).
GEOGRAFIA
- Localização: oeste
da Ásia. Hora local: +5h. Área:
97 740 km2. Clima: árido subtropical.
Cidades principais: Amã (963
490), Az-Zarqa (344 524), Irbid (208
201), As-Salt (187 014) (1994).
POPULAÇÃO
- 6,7 milhões (2000); composição:
árabes palestinos 60%, árabes
jordanianos 37,7%, circassianos 1%,
armênios 1%, chechênios
0,3% (1996). Idioma: árabe
(oficial). Religião: islamismo
92% (sunitas), cristianismo 8% (1995).
Densidade: 68,55 hab./km2. População
urbana: 73% (1998). Crescimento demográfico:
3% ao ano (1995-2000). Fecundidade:
4,86 filhos por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida M/F: 69/71,5 anos
(1995-2000). Mortalidade infantil:
26 (1995-2000). Analfabetismo:
10,2% (2000). IDH (0-1): 0,721 (1998).
GOVERNO
- Monarquia parlamentarista. Divisão
administrativa: 5 províncias.
Chefe de Estado: rei Abdullah Ibn
al-Hussein (coroado em 1999). Chefe
de governo: primeiro-ministro Ali
Abu al-Rageb (desde 2000). Principais
partidos: Centristas Independentes,
Frente de Ação Islâmica,
Partido Nacional Constitucional (NCP).
Legislativo: bicameral - Senado, com
40 membros apontados pelo rei; Casa
dos Representantes, com 80 membros
eleitos por voto direto. Com mandatos
de 8 e 4 anos, respectivamente. Constituição
em vigor: 1952.
ECONOMIA
- Moeda: dinar jordaniano; cotação
para US$ 1: 0,71 (jul./2000). PIB:
US$ 7,4 bilhões (1998). PIB
agropecuária: 3%; PIB indústria:
26%; PIB serviços: 71% (1998).
Crescimento do PIB: 5,4% ao ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 1 150 (1998).
Força de trabalho: 1 milhão
(1998). Agricultura: legumes e verduras,
frutas, amêndoas. Pecuária:
ovinos, caprinos, aves. Pesca: 552
t (1997). Mineração:
sal de fosfato, sais de potássio.
Indústria: química,
refino de petróleo, alimentícia,
produtos minerais não metálicos.
Exportações: US$ 1,8
bilhão (1998). Importações:
US$ 3,8 bilhões (1998). Parceiros
comerciais: Iraque, Alemanha, Índia,
Itália, Arábia Saudita,
EUA.
DEFESA
- Efetivo total: 104,1 mil (1998).
Gastos: US$ 537 milhões (1998).
RELAÇÕES
EXTERIORES - Organizações:
Banco Mundial, FMI, ONU, OMC. Embaixada:
Tel. (061) 248-5407, fax (061) 248-1698,
e-mail: emb.jordan@tba.com.br - Brasília,
DF.
Fontes:
BBC
country profile | Portas Abertas Internacional
| The World Factbook
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