Letra:
Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto
Miguez
Seja
um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão
destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes
labéus!
Seja um hino de glória
que fale
De esperança, de um
novo porvir!
Com visões de triunfos
embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos
tua voz!
Nós
nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão
nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não
tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que,
puro,
Brilha, avante, da Pátria
no altar!
Liberdade!
Liberdade!
Se é mister que de
peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói
Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força
e poder
Mas da guerra nos transes
supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Do
Ipiranga é preciso
que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu
libertado,
Sobre as púrpuras régias
de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade!
Liberdade!