Arte
Iraniana
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Ao lado da arquitetura, a caligrafia é a principal arte religiosa nos países Islâmicos. O fato de se copiar versos do Sagrado Alcorão já corresponde a um ato de devoção e, com os séculos, artistas muçulmanos inventaram diversos tipos de escrita árabe, em escrituras que variavam da mais severa reprodução dos caracteres à mais branda. No Irã, um grande número de estilos caligráficos foram criados e esta arte alcançou um grau de refinamento de tal ordem que tem sido considerada sempre como a principal forma de arte. Até hoje uma bela escrita é característica de um homem culto e os iranianos mostram grande respeito pela caligrafia. Esta atitude é aparente a muito tempo atrás, desde a época dos Abbasidas e Seljuques, quando os manuscritos começaram a ser produzidos e que tornaram-se notáveis tanto na caligrafia quanto nas ilustrações. Entre tais manuscritos não são encontrados somente cópias do Alcorão, mas também trabalhos científicos e históricos. Ilustrações Foi na época de Shah Abbas que outro grande ilustrador, Reza Abbassi, viveu e pintou. Seu estilo serviu para inspirar pintores dos séculos 17 e 18. Após o final do período Safavida, a arte da ilustração entrou rapidamente em declínio. No período dos Qajares uma nova escola de pintura formou-se e possuía determinados aspectos de sua arte baseados em técnicas de pinturas européias, especialmente com relação à perspectiva e certo naturalismo. Tapetes No período islâmico, tribos turcas iniciaram suas imigrações para a Anatólia. Suas jornadas os levaram através do Irã onde algumas destas tribos decidiram permanecer nas regiões ao norte do país. Os Turcos já possuíam tapetes tecidos a muito tempo, utilizando um tipo especial de laço. Da idade média em diante, os iranianos combinaram o nó turco com o seus próprios nós persas que diversificou vastamente as diferentes maneiras de se tecer um tapete. Os monarcas Safavidas foram os primeiros a patrocinar a manufatura de tapetes. Assim como a arte têxtil e tantas outras, a arte da tapeçaria atingiu seu maior grau de perfeição nos séculos 16 e 17. A maioria dos tapetes presentes em museus do mundo inteiro datam deste período. Após a queda dos Safavidas, esta arte entrou em declínio e só foi receber novo ímpeto no período dos Qajares. Foi daí em diante que o mercado europeu abriu suas portas aos tapetes iranianos que eram, geralmente, importados de Istambul. Devido às demandas deste mercado, as rendas e as cores apresentaram certas mudanças. Hoje porém, assim como no passado, um tapete iraniano de boa qualidade, que não é manufaturado objetivando o lucro, expressa o prazer e a criatividade do artesão. A fama universal do tapete iraniano deve-se basicamente à delicadeza do nó, à novidade nos estilos e na durabilidade e coordenação das cores utilizadas. Diferentes regiões no Irã possuem diferentes características naturais que diferem entre si na forma na qual é aplicada da renda, tanto que o estilo do tapete é suficiente para se determinar a qual região ele pertence. Artesanato Em adição à manufatura de tapetes, que tem sido apreciado, certamente, por seu verdadeiro valor, os artesãos iranianos também têm mostrado seus talentos em outros campos menos conhecidos. Em um extenso país como o Irã, onde existe
uma variedade de climas, de tradições
que se conhecem e se interagem entre si e onde os diversos
contatos entre iranianos e povos de países vizinhos
contribuíram para a formação de
sua rica cultura, torna-se óbvio que, durante
séculos, artesanatos altamente diversificados
e elaborados foram desenvolvidos. Khatam corresponde a uma técnica onde o artesão combina tiras de madeira em diferentes cores, marfim, osso e metal para produzir uma variedade de formas geométricas. Fonte: http://www.webiran.org.br/cultura/arte.htm |
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